Imunidade parlamentar no Brasil é despropositada, diz NYT
Em editorial, jornal americano cobra de Michel Temer um posicionamento mais firme nos casos de corrupção e pede o fim da imunidade parlamentar
Rita Azevedo
Publicado em 6 de junho de 2016 às 10h53.
São Paulo — Em editorial publicado nesta segunda-feira (06), o jornal americano The New York Times cobra um posicionamento do presidente interino Michel Temer quanto às denúncias de corrupção e pede o fim da imunidade parlamentar para membros do governo.
No início do texto “A medalha de ouro do Brasil para corrupção” (traduzido livremente), a publicação lembra que sete dos ministros empossados por Temer são investigados por supostas participações em esquemas de corrupção. Esse fato, diz o texto, reforça as suspeitas de que a saída de Dilma Rousseff teve uma segunda intenção: a de barrar as investigações.
Em seguida, o New York Times fala da saída dos ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência) e lembra que os dois perderam os cargos após, justamente, terem sido flagrados em conversas nas quais criticavam a operação Lava Jato.
Após os fatos, diz o texto, Michel Temer foi forçado a se comprometer com a continuidade das investigações. A promessa, diz a publicação, “soa oca” pela proximidade do presidente interino com pessoas envolvidas no esquema.
Um fator que, segundo o NYT, contribuiu para a institucionalização da corrupção no Brasil é o fato de ministros e parlamentares gozarem de imunidade — apontada como algo injustificável. A tarefa de Temer é justamente acabar com isso.
“Não é claro quão longe Temer irá para acabar com a corrupção”, diz o texto. “Se ele quiser acabar com as suspeitas sobre a saída de Dilma Rousseff, deverá propor uma lei para acabar com a imunidade para parlamentares e ministros envolvidos em esquema de corrupção”.
São Paulo — Em editorial publicado nesta segunda-feira (06), o jornal americano The New York Times cobra um posicionamento do presidente interino Michel Temer quanto às denúncias de corrupção e pede o fim da imunidade parlamentar para membros do governo.
No início do texto “A medalha de ouro do Brasil para corrupção” (traduzido livremente), a publicação lembra que sete dos ministros empossados por Temer são investigados por supostas participações em esquemas de corrupção. Esse fato, diz o texto, reforça as suspeitas de que a saída de Dilma Rousseff teve uma segunda intenção: a de barrar as investigações.
Em seguida, o New York Times fala da saída dos ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência) e lembra que os dois perderam os cargos após, justamente, terem sido flagrados em conversas nas quais criticavam a operação Lava Jato.
Após os fatos, diz o texto, Michel Temer foi forçado a se comprometer com a continuidade das investigações. A promessa, diz a publicação, “soa oca” pela proximidade do presidente interino com pessoas envolvidas no esquema.
Um fator que, segundo o NYT, contribuiu para a institucionalização da corrupção no Brasil é o fato de ministros e parlamentares gozarem de imunidade — apontada como algo injustificável. A tarefa de Temer é justamente acabar com isso.
“Não é claro quão longe Temer irá para acabar com a corrupção”, diz o texto. “Se ele quiser acabar com as suspeitas sobre a saída de Dilma Rousseff, deverá propor uma lei para acabar com a imunidade para parlamentares e ministros envolvidos em esquema de corrupção”.