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Imóveis de filho do presidente do TCU somam 13 milhões

A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira

Aroldo Cedraz, presidente do TCU -- na foto à esquerda -- é pai de Tiago Cedraz, cujo patrimônio soma R$ 13 milhões (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 08h16.

Brasília - Alvo da Operação Politeia, o advogado Tiago Cedraz, de 33 anos, ergueu patrimônio milionário à frente de uma banca que atua no Tribunal de Contas da União ( TCU ), presidido pelo pai, Aroldo Cedraz.

Em menos de três anos, Tiago fechou a compra de imóveis de quase R$ 13 milhões e, até abril, figurava como dono de um jato Cessna de dez assentos, conforme levantamento do jornal "O Estado de S. Paulo".

A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira, mulher do ministro.

Formado em 2006, Tiago é influente no órgão dirigido pelo pai, embora não atue formalmente nos processos que seu escritório mantém na corte - outros advogados atuam nos autos.

Conforme autoridades do TCU, Tiago circula por gabinetes discutindo processos e a montagem de equipes nomeadas pelo pai.

A atuação de Tiago está sob suspeita desde a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Operação Lava Jato . Ele disse ter pago R$ 1 milhão ao advogado para que um processo da empreiteira fluísse conforme seus interesses.

Segundo o Ministério Público Federal, há indícios não comprovados de que o dinheiro seria repassado ao relator do caso, ministro Raimundo Carreiro. Diante das suspeitas de tráfico de influência e corrupção, o STF autorizou buscas em imóveis de Tiago. Ambos negam as acusações.

Das arábias

A joia mais cara do patrimônio imobiliário do advogado é uma chácara de 10 mil m² no Lago Sul. Foi adquirida por R$ 7,2 milhões em 2013 e abrigava uma mansão de 1,5 mil m².

A compra foi fechada com Sultan Rashed Sultan Alkaitoob, embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, e o imóvel foi registrado em nome da Cedraz Administradora de Bens próprios.

No mercado de Brasília, a aquisição é considerada um "negócio das arábias", ante a possibilidade de que a área seja loteada para um condomínio. Conforme fonte que participou da negociação, o presidente do TCU foi pessoalmente à embaixada buscar as chaves. O imóvel, que chegou a ser posto à venda por R$ 12,5 milhões, não tem mais construção.

Na Asa Sul, desde 2013 Tiago fechou a compra de dois apartamentos de 250 m² num mesmo prédio, por quase R$ 6 milhões. Um deles foi comprado pelo próprio advogado, com financiamento de cinco anos, e outro pela empresa.

A Cedraz Administradora tem capital de R$ 20 milhões e, até abril, figurava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como dona de um Cessna, hoje em nome de outra empresa.

Tiago disse que os bens estão declarados e são "compatíveis com a atuação destacada do advogado, cujo escritório, com mais de 35 mil processos em todos os ramos do direito, é um dos mais procurados e respeitados de Brasília".

Ele afirma que a mãe tem R$ 1 mil em cotas da Cedraz Administradora e que só figura como proprietária pela imposição legal de haver no mínimo dois sócios em uma empresa limitada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Alvo da Operação Politeia, o advogado Tiago Cedraz, de 33 anos, ergueu patrimônio milionário à frente de uma banca que atua no Tribunal de Contas da União ( TCU ), presidido pelo pai, Aroldo Cedraz.

Em menos de três anos, Tiago fechou a compra de imóveis de quase R$ 13 milhões e, até abril, figurava como dono de um jato Cessna de dez assentos, conforme levantamento do jornal "O Estado de S. Paulo".

A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira, mulher do ministro.

Formado em 2006, Tiago é influente no órgão dirigido pelo pai, embora não atue formalmente nos processos que seu escritório mantém na corte - outros advogados atuam nos autos.

Conforme autoridades do TCU, Tiago circula por gabinetes discutindo processos e a montagem de equipes nomeadas pelo pai.

A atuação de Tiago está sob suspeita desde a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Operação Lava Jato . Ele disse ter pago R$ 1 milhão ao advogado para que um processo da empreiteira fluísse conforme seus interesses.

Segundo o Ministério Público Federal, há indícios não comprovados de que o dinheiro seria repassado ao relator do caso, ministro Raimundo Carreiro. Diante das suspeitas de tráfico de influência e corrupção, o STF autorizou buscas em imóveis de Tiago. Ambos negam as acusações.

Das arábias

A joia mais cara do patrimônio imobiliário do advogado é uma chácara de 10 mil m² no Lago Sul. Foi adquirida por R$ 7,2 milhões em 2013 e abrigava uma mansão de 1,5 mil m².

A compra foi fechada com Sultan Rashed Sultan Alkaitoob, embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, e o imóvel foi registrado em nome da Cedraz Administradora de Bens próprios.

No mercado de Brasília, a aquisição é considerada um "negócio das arábias", ante a possibilidade de que a área seja loteada para um condomínio. Conforme fonte que participou da negociação, o presidente do TCU foi pessoalmente à embaixada buscar as chaves. O imóvel, que chegou a ser posto à venda por R$ 12,5 milhões, não tem mais construção.

Na Asa Sul, desde 2013 Tiago fechou a compra de dois apartamentos de 250 m² num mesmo prédio, por quase R$ 6 milhões. Um deles foi comprado pelo próprio advogado, com financiamento de cinco anos, e outro pela empresa.

A Cedraz Administradora tem capital de R$ 20 milhões e, até abril, figurava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como dona de um Cessna, hoje em nome de outra empresa.

Tiago disse que os bens estão declarados e são "compatíveis com a atuação destacada do advogado, cujo escritório, com mais de 35 mil processos em todos os ramos do direito, é um dos mais procurados e respeitados de Brasília".

Ele afirma que a mãe tem R$ 1 mil em cotas da Cedraz Administradora e que só figura como proprietária pela imposição legal de haver no mínimo dois sócios em uma empresa limitada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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