Brasil

Hospital não pode mais exigir cheque caução

Uma lei que proíbe a prática dos hospitais foi sancionada pelo governador Geraldo Alckmin

Na hipótese de descumprimento da lei, o estabelecimento médico ficará obrigado a devolver o valor depositado pelo paciente, em dobro (Germano Lüders/EXAME)

Na hipótese de descumprimento da lei, o estabelecimento médico ficará obrigado a devolver o valor depositado pelo paciente, em dobro (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 10h32.

São Paulo - A partir de agora, os hospitais e clínicas da rede particular não podem mais exigir que os pacientes deixem um cheque caução para que o tratamento médico de emergência ou urgência seja realizado. Uma lei que proíbe a prática dos hospitais foi sancionada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e publicada ontem no Diário Oficial e já está em vigor.

A Lei 14.471 - originada do Projeto de Lei (PL) 1414/07, apresentado há três anos e meio pelo deputado estadual Fernando Capez (PSDB) - proíbe a exigência de caução de qualquer natureza para internação ou atendimento de emergência de doentes nos hospitais e clínicas particulares e ainda define urgência ou emergência médica, como a situação de sofrimento intenso ou que coloque a vida do doente em risco.

Na hipótese de descumprimento da lei, o estabelecimento médico ficará obrigado a devolver o valor depositado pelo paciente, em dobro. "Mesmo que o cheque caução não seja descontado da conta do cliente, o hospital terá que devolver a quantia em dobro. Para isso, o consumidor deverá acionar o Juizado Especial Cível ou a justiça comum", diz o deputado Fernando Capez.

Além disso, o estabelecimento pagará uma multa que pode chegar a até R$ 174 mil - graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do infrator, e revertida para o Fundo Estadual de Reparação de Interesses Difusos Lesados. "O consumidor vitimado deverá denunciar o caso ao Procon da sua cidade. Afinal, em tese, a cobrança da multa fica a cargo da Secretaria da Justiça, onde está o Procon-SP, que poderá fazer essa cobranças", diz Capez. As informações são do Jornal da Tarde.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasGovernoLegislaçãoMetrópoles globaissao-pauloSaúde

Mais de Brasil

Alerta de chuva forte se expande no país, e fim de semana deve ter tempo instável; veja previsão

Meta remove vídeo falso de Haddad após notificação da AGU

Em cincos anos, número de casas de apostas deve cair pela metade, diz representante do setor

Número de praias impróprias para banho no litoral paulista sobe para 51