Haddad diz que não irá ao debate e pensa em evento paralelo
Primeiro debate presidencial acontecerá hoje pela TV Bandeirantes às 22h e não contará com a presença de Lula
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 12h25.
Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 13h01.
São Paulo - O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad , afirmou na manhã desta quinta-feira, 9, que não vai à plateia do debate da TV Bandeirantes no período da noite.
Na edição de hoje, o jornal Folha de S. Paulo trouxe reportagem que mostrava que Haddad e Manuela D'Ávila (PCdoB) - que deve ser a vice, se Haddad assumir a vaga do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril, na cabeça da chapa petista - estudavam ir ao debate na plateia, como convidados.
Perguntado se o partido vai realizar um debate paralelo, Haddad respondeu: "Estamos pensando em fazer."
Coalizões
Haddad, que participa nesta quinta-feira de evento com presidenciáveis organizado pelo BTG Pactual, afirmou ainda que a campanha petista foi a mais exitosa em formar coalizões na centro-esquerda. Na semana passada, o PSB acertou neutralidade nacional com o PT em troca de palanques regionais. A medida isolou o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes (PDT).
Ao comentar alianças estaduais do PT com partidos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Haddad se esquivou e disse que "houve reposicionamentos" em algumas siglas.
Críticas de Ciro
No mesmo evento, na quarta à noite, Ciro criticou o acordo do PT com o PCdoB. "Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo", afirmou Ciro, ao comentar o que tem sido chamado de "chapa tríplex" - Lula, Haddad e Manuela. "Isso gera confusão. O povo está sendo enganado", afirmou o pedetista aos jornalistas após sua participação na sabatina.
Mesmo diante do ataque de Ciro, Haddad se esquivou de criticar o pedetista. "Eu e Ciro temos respeito antigo mútuo, desde quando fomos ministros no primeiro governo Lula. Mas temos avaliação diferente sobre a situação de Lula. Eu acho que desrespeito ao eleitor é abrir mão de Lula", afirmou.