Brasil

Governo mostra a sindicatos opção de mudanças na previdência

A ideia é negociar uma proposta alternativa antes de quarta-feira (17), quando vence o prazo para sanção ou veto pela presidenta Dilma Rousseff


	Ministro Carlos Gabas: Ontem (15), Gabas, Rossetto e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram por quase três horas, no Palácio do Planalto, para fechar a proposta que será repassada hoje às centrais
 (Arquivo)

Ministro Carlos Gabas: Ontem (15), Gabas, Rossetto e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram por quase três horas, no Palácio do Planalto, para fechar a proposta que será repassada hoje às centrais (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 11h53.

Os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, vão apresentar hoje (15) às centrais sindicais a alternativa do governo às mudanças no fator previdenciário feitas pelo Congresso Nacional durante a votação da Medida Provisória (MP) 664.

A ideia é negociar uma proposta alternativa antes de quarta-feira (17), quando vence o prazo para sanção ou veto pela presidenta Dilma Rousseff.

A sugestão do governo vai levar em conta a evolução demográfica do país e o aumento da expectativa de vida da população brasileira.

Os parlamentares incluíram no texto da MP uma alternativa ao fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias.

A chamada fórmula 85/95 estabelece que, para se aposentar recebendo os proventos integralmente (obedecido o teto de R$ 4.663,75 da Previdência Social), os trabalhadores têm que somar o tempo de contribuição e a idade até atingir a marca de 85, para as mulheres, e 95 para os homens.

Na prática, a fórmula 85/95 permite que os trabalhadores se aposentem mais cedo do que pelo cálculo do fator previdenciário. Pelo fator, quanto mais cedo o beneficiário se aposenta, menor o benefício.

O governo argumenta que a fórmula aprovada pelo Congresso compromete a sustentabilidade da Previdência, principalmente no longo prazo.

Ontem (15), Gabas, Rossetto e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram por quase três horas, no Palácio do Planalto, para fechar a proposta que será repassada hoje às centrais.

A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, não participam do encontro.

Para a reunião desta segunda-feira, foram convidados representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

O assunto também está na pauta da reunião de coordenação política, comandada por Dilma nesta manhã, com 12 ministros.

Além de Gabas, Mercadante e Rossetto, participam os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; das Cidades, Gilberto Kassab; da Defesa, Jaques Wagner; da Fazenda, Joaquim Levy; da Justiça, José Eduardo Cardozo; do Planejamento, Nelson Barbosa; e das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS); e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE). 

Acompanhe tudo sobre:Centrais sindicaisFator previdenciárioPrevidência Social

Mais de Brasil

Cidade do Maranhão decreta calamidade pública por conta de voçorocas

Criminosos de fuzis atacam delegacia em Duque de Caxias após prisão de chefe do tráfico

No Planalto, clima é de desânimo após resultado do Datafolha; 8 pontos explicam reprovação recorde

Avião de pequeno porte cai e mata duas pessoas no interior de São Paulo