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Governo fechará acordo com Colômbia sobre segurança em fronteiras

"Não se faz combate ao crime sem inteligência para fazer uma intervenção cirúrgica e obter sucesso", disse o ministro da Defesa

Segurança: o acordo prevê, entre outros, a erradicação do cultivo de drogas ilegais e a entrega de armas da guerrilha à ONU (Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 15h42.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, se reunirá com o ministro da Defesa e comandantes das Forças Armadas da Colômbia na próxima terça-feira (31), em Manaus, para fechar acordos de trabalho conjunto entre os dois países, entre eles ações de inteligência e de combate ao tráfico de armas e drogas.

"Não se faz combate ao crime sem inteligência para fazer uma intervenção cirúrgica e obter sucesso", disse Jungmann em entrevista no Recife.

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"Hoje tem o encerramento, por assim dizer, de uma guerra civil, e também uma grande produção de drogas. Então considero esse encontro estratégico, e nós vamos fazer com todos os outros ministros da Defesa que queiram, evidentemente, e também com os comandantes militares", acrescentou.

Depois de meio século de conflito entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um acordo de paz entrou em vigor no dia 1º de dezembro de 2016.

O acordo prevê, entre outros, a erradicação do cultivo de drogas ilegais e a entrega de armas da guerrilha à Organização das Nações Unidas.

Segundo Jungmann, há uma preocupação sobre a entrada dessas armas no Brasil. "Existem alguns dissidentes das Farc que não estão dispostos a entrar nesse processo [de paz], e há um temor, justificado ou não, de que parte desse arsenal possa migrar para as nossas cidades."

Forças Armadas em Roraima

No Recife, Jungmann anunciou hoje (27) o início da operação das Forças Armadas no Presídio Monte Cristo, em Roraima, onde desde as 6h militares fazem uma varredura em busca de armas, drogas, túneis de fuga e celulares.

Um balanço da ação será divulgado no fim do dia com a lista dos objetos apreendidos.

Segundo Jungmann, 335 militares atuam nas buscas sem contato com os presos. Entre outros equipamentos, os agentes utilizam um raio-X para paredes e uma máquina que serve para detectar túneis, além de 15 cães treinados para encontrar drogas.

O papel de contenção da população carcerária é das forças policiais do estado, que entraram no presídio antes das Forças Armadas. O Ministério Público Militar acompanha a operação.

Além de Roraima, o Amazonas, o Rio Grande do Norte e pelo menos mais dois estados requisitaram as varreduras, segundo Jungmann.

As datas das operações não serão divulgadas por questões de segurança. Antes da entrada das Forças Armadas, os presídios precisam estar controlados pelos estados.

"Nós estamos realizando esse trabalho, mas a responsabilidade de manter os presídios limpos é do governo estadual", destacou o ministro.

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