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ÀS SETE - Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram para que o foro seja aplicado a qualquer crime cometido por parlamentares no mandato

Foro: o julgamento será retomado na quinta-feira para o voto final do ministro Gilmar Mendes (Marcos Oliveira/ Agência Senado/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2018 às 06h58.

Última atualização em 3 de maio de 2018 às 07h20.

Fim do foro: falta Gilmar

Os ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram nesta quarta-feira para que o foro privilegiado seja aplicado a qualquer crime cometido por parlamentares depois da diplomação no mandato – e não apenas a delitos cometidos durante e em razão do cargo. O posicionamento deles segue o voto do ministro Alexandre de Moraes. Com o posicionamento, Dias Toffoli e Lewandowski divergiram parcialmente da maioria já formada em torno do voto do ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação. Ele propôs a limitação do foro apenas a crimes comuns cometidos durante e em função dos mandatos parlamentares. Seguiram o entendimento de Barroso os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Celso de Mello, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e a presidente da Corte, a ministra Cármen Lúcia. Após o voto de Lewandowski, a ministra Cármen Lúcia encerrou a sessão. O julgamento será retomado na quinta-feira para o voto final do ministro Gilmar Mendes.

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As causas do incêndio

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a principal hipótese de investigação para o início do incêndio que causou o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, região central da cidade de São Paulo, na madrugada da terça-feira 1o de maio, é que tenha sido um acidente doméstico. A explosão de um botijão de gás ou de uma panela de pressão pode ter começado o fogo, de acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves. A investigação ainda está em curso.

Quatro desaparecidos oficialmente

O Corpo de Bombeiros informou que quatro pessoas são consideradas desaparecidas após o desabamento do prédio. Segundo o capitão Marcos Palumbo, além de Ricardo Amorim, que estava prestes a ser resgatado quando o edifício caiu, estão desaparecidos uma mãe e seus dois filhos gêmeos, que estariam no prédio e não foram localizados desde o incêndio que levou ao desabamento. No início da tarde, os bombeiros reforçaram as buscas de vítimas sob os escombros. Eles trabalham com cães farejadores, drones e câmeras sensíveis ao calor. A estimativa dos bombeiros é que as buscas durem pelo menos uma semana.

PGR denuncia Blairo Maggi

A Procuradoria-Geral da República denunciou, nesta quarta-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, por corrupção ativa na participação de um esquema de compra e venda de vagas no Tribunal de Contas do Mato Grosso em 2009 — quando Maggi era governador do estado. A procuradora-geral, Raquel Dodge, encaminhou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo, além da condenação pelo crime, a perda da função pública do ministro (Maggi tem mandato de senador), a reparação de dano patrimonial no valor de 4 milhões de reais e o pagamento de indenização por danos morais coletivos pelos prejuízos provocados à imagem das instituições. Segundo Dodge, foram feitos pagamentos ao então conselheiro Alencar Soares para que ele se aposentasse do cargo, que é vitalício. As investigações indicam que o dinheiro usado para as propinas, que teriam chegado a 12 milhões de reais, saiu dos cofres públicos.

Futebol fatura alto

Um levantamento realizado pela empresa Sports Value mostrou que o Flamengo é o time que mais faturou em 2017. Após analisar os 20 maiores clubes esportivos do país, a pesquisa revelou que o time carioca teve uma receita de 648 milhões de reais, seguido por Palmeiras (503 milhões), São Paulo (408 milhões) e Corinthians (391 milhões). Juntos, os 20 times geraram 5,05 bilhões de reais no ano passado, frente aos 4,85 bilhões de 2016. Foi a primeira vez que os clubes ultrapassaram a marca de 5 bilhões de reais em receitas. Os direitos de TV e a transferência de atletas foram as fontes de receita que mais influenciaram a receita total dos clubes brasileiros, com 40% e 19% da participação total, respectivamente.

Dólar em 3,55

O dólar fechou esta quarta-feira com alta de mais de 1,30%, a 3,5491 reais na venda -muito perto do patamar de 3,55 reais, o maior em quase dois anos, com o cenário externo ainda pesando após o banco central dos Estados Unidos não reduzir expectativas de que os juros podem subir mais do que o esperado no país. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana foi a 3,5549 reais, também maior nível intradia desde junho de 2016. Em abril, o dólar já havia subido 6,16%, maior valorização mensal em quase um ano e meio. O dólar futuro alta de cerca de 1,20% no final da tarde.

Cambridge Analytica fecha as portas

A consultoria Cambridge Analytica anunciou, nesta quarta-feira, que não vai mais funcionar. Segundo o anúncio, a companhia e a SCL Elections – empresa que também pertence ao mesmo grupo – vão iniciar imediatamente os procedimentos para decretar falência. O fechamento ocorre após a companhia perder clientes e ser multada diversas vezes, por conta do envolvimento no escândalo de vazamento de dados de usuários do Facebook. Neste ano, a companhia foi alvo de investigações após ter sido acusada de utilizar dados de mais de 87 milhões de usuários da rede social durante as eleições para presidente dos Estados Unidos, em 2016. Contratada para participar da campanha eleitoral do atual presidente americano, Donald Trump, a Cambridge Analytica teria utilizado as informações dos usuários para influenciar a votação. A Cambridge Analytica é investigada no Reino Unido, nos Estados Unidos, na União Europeia e em outros países.

Fim do ETA

O grupo separatista basco ETA anunciou sua dissolução, nesta quarta-feira. Em uma carta, o grupo afirma que “dissolveu completamente todas as suas estruturas e encerrou sua iniciativa política.” Fundado em 1959, o ETA tinha como principal objetivo a independência do país Basco, região autônoma no norte da Espanha, na fronteira com a França. Com um método militar, o grupo foi responsável por atentados, que deixaram mais de 840 mortos em 50 anos. Em 2011, o grupo declarou cessar-fogo, e entregou suas armas em abril do ano passado. Com as prisões de quase 300 membros e com críticas sobre os ataques violentos, o grupo foi perdendo a liderança na região, nos últimos dez anos. Mesmo com o fim do projeto separatista, o País Basco tem mais autonomia do que qualquer outra região da Espanha. Desde 1979, a região possui o próprio Parlamento, força policial, controle da educação local e coleta dos próprios impostos.

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