Executivo da Arxo se entrega à Polícia Federal em Curitiba
João Gualberto Pereira teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas estava nos Estados Unidos e se entregou hoje
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 18h04.
Um dos executivos de empreiteiras que tiveram prisão decretada na nona fase da Operação Lava Jato se entregou hoje (6) na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
João Gualberto Pereira teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas estava nos Estados Unidos.
De acordo com o Ministério Público Federal, três executivos são acusados de pagar propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Com sede em Santa Catarina, a empresa fabrica tanques de combustíveis e caminhões-tanque.
Ontem (5), foram presos no município catarinense de Itajaí Gilson Pereira, sócio da empresa, e Sérgio Ambrósio, diretor financeiro.
Segundo o advogado Leonardo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o ex-diretor de Serviços Renato Duque.
Para a defesa, as acusações decorrem de vingança de uma ex-funcionária do departamento financeiro, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão.
Ela teria envolvido os dirigentes da empresa com o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras.
Se o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso, acatar a denúncia, os 35 envolvidos serão julgados por crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime de corrupção. Segundo o relatório divulgado pela Procuradoria, as penas podem chegar a 127 anos de detenção, caso o réu seja considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, 3 atos de corrupção e 3 atos de lavagem de dinheiro. A Mendes Júnior, por exemplo, teria acumulado 53 atos de corrupção. Veja a lista de penas possíveis para cada crime:
Crime | Pena mínima | Pena Máxima |
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Organização criminosa | 4 anos e 4 meses | 13 anos e 4 meses |
Corrupção | 2 anos e 8 meses | 21 anos e 4 meses |
Lavagem de dinheiro | 4 anos | 16 anos e 8 meses |
Mendes Junior + GFD | |
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Denunciados | 16 |
Corrupção da empresa (R$) | 71.602.688,48 |
Ressarcimento buscado (R$) | 214.808.065,45 |
Valor envolvido na lavagem (R$) | 8.028.000,00 |
Número de atos de corrupção e lavagem | 53 corrupções e 11 lavagens + 30 lavagens |
Camargo Corrêa + UTC | |
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Denunciados | 10 |
Corrupção da empresa (R$) | 86.457.578,91 |
Ressarcimento buscado (R$) | 343.033.978,68 |
Valor envolvido na lavagem (R$) | 36.876.887,75 |
Número de atos de corrupção e lavagem | 11 corrupções e 7 lavagens |
Engevix | |
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Denunciados | 9 |
Corrupção da empresa (R$) | 52.977.089,89 |
Ressarcimento buscado (R$) | 158.931.269,69 |
Valor envolvido na lavagem (R$) | 13.432.500,00 |
Número de atos de corrupção e lavagem | 33 corrupções e 31 lavagens |
Galvão Engenharia | |
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Denunciados | 7 |
Corrupção da empresa (R$) | 46.063.344,24 |
Ressarcimento buscado (R$) | 256.546.958,55 |
Valor envolvido na lavagem (R$) | 5.512,430,00 |
Número de atos de corrupção e lavagem | 37 corrupções e 12 lavagens |
OAS | |
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Denunciados | 9 |
Corrupção da empresa (R$) | 29.321.227,22 |
Ressarcimento buscado (R$) | 213.039.145,36 |
Valor envolvido na lavagem (R$) | 10.300.038,93 |
Número de atos de corrupção e lavagem | 20 corrupções e 14 lavagens |