Estudantes fazem ato contra corte no passe livre
Os estudantes levavam faixas com mensagens de que "transporte não é mercadoria" e cantavam "se o passe livre ele cortar, a cidade vai parar"
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 20h30.
Dezenas de estudantes protestam nesta quinta-feira, 3, contra as mudanças no passe livre estudantil em São Paulo .
O ato começou por volta das 16 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital, e seguiu pela Avenida Brigadeiro Faria Lima em direção à Marginal Pinheiros.
Os estudantes levavam faixas com mensagens de que "transporte não é mercadoria" e cantavam "se o passe livre ele cortar, a cidade vai parar".
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação interditou o sentido Itaim da Avenida Brigadeiro Faria Lima por volta das 19h e também a Marginal Pinheiro, sentido Interlagos, na altura da Ponte Cidade Universitária.
A manifestação foi organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE).
No dia 12 de julho, estudantes já tinham percorrido as ruas do centro e se encontraram na frente da Prefeitura de São Paulo para protestar contra as mudanças.
Mudança
As novas regras do passe livre passaram a valer na última terça-feira, 1º de agosto. Os alunos agora têm direito a duas cotas, cada uma com validade de duas horas e direito de embarque em até quatro ônibus.
As cotas de viagens variam de 10 a 48 por mês conforme a presença exigida pelo curso de cada estudante. A alteração foi realizada, segundo a Prefeitura, porque alguns estudantes usavam o passe livre para outros fins.
A São Paulo Transporte (SPTrans) estima que há cerca de três milhões de bilhetes estudantis em uso na cidade. O objetivo da medida é economizar cerca de R$ 70 milhões com as alterações, segundo o órgão.