Brasil

Estrutura do PT está velha, diz vice-presidente do partido

São Paulo - O vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães, fez duras críticas à estrutura do partido, que está "velha para os dias atuais". "Há quanto tempo nós somos uma grande máquina para ganhar eleições? Somos uma grande máquina eleitoral e uma grande máquina institucional. Ninguém ganha de nós", disse durante encontro da chapa […]


	José Guimarães: ele fez duras críticas à estrutura do PT, que está "velha para os dias atuais"
 (Reprodução/Site oficial José Guimarães)

José Guimarães: ele fez duras críticas à estrutura do PT, que está "velha para os dias atuais" (Reprodução/Site oficial José Guimarães)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 18h33.

São Paulo - O vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães, fez duras críticas à estrutura do partido, que está "velha para os dias atuais".

"Há quanto tempo nós somos uma grande máquina para ganhar eleições? Somos uma grande máquina eleitoral e uma grande máquina institucional. Ninguém ganha de nós", disse durante encontro da chapa petista Para Mudar o Brasil, em São Paulo.

"Precisamos ser uma grande máquina nas formulações estratégicas para o país e na formação e politização da sociedade", completou.

Guimarães usou o seu discurso para defender uma mudança profunda no partido e disse que é preciso ter centralidade política e um novo comando.

"O Rui Falcão é isolado, coitado. São poucos os que ajudam ele. Então nós temos que reformular", afirmou.

Muitos petistas presentes no encontro repetiram que os discursos bateram na tecla da renovação da sigla, uma postura, aliás, em linha com a defendida recentemente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até mesmo o presidente do partido disse acreditar que o partido precisa dessa renovação.

"No meu discurso eu mesmo falei uma série de 'erres': revitalizar, repensar, refazer, revigorar. Nunca refundar", disse.

Falcão afirmou ainda que a reunião fez um diagnóstico da campanha presidencial e dos desafios para os próximos anos.

Além disso, debateu estratégias de comunicação da sigla para que haja uma maior aproximação com movimentos sociais.

O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, também fez um dos discursos durante o encontro e defendeu "uma reflexão profunda no partido".

"Vamos ter que rever o posicionamento partidário", afirmou, ressaltando que o Congresso da sigla, marcado para o meio do ano que vem, "será uma ótima oportunidade para isso".

Garcia foi um dos que destacaram a importância de reavaliar a relação do governo e do partido com os movimentos sociais e com a sociedade brasileira "que não é mais aquela de quando o PT surgiu".

O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, era um dos mais esperados para o evento do PT na tarde desta sexta na capital paulista, mas cancelou sua participação.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Documento de recém-nascido incluirá 'parturiente' para contemplar população trans, decide STF

MPF pede revogação de medida que barra entrada de migrantes sem visto e limita concessão de refúgio

CGU solicita documentos à Aneel para embasar auditoria sobre apagão em São Paulo

Nunes tem 51% e Boulos, 33%, no segundo turno em SP, diz Datafolha