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Encontrada a segunda caixa-preta do voo Rio-Paris da Air France

Aparelho foi recuperado com um submarino robotizado

A incógnita agora é saber se os investigadores conseguirão recuperar os dados das duas caixas-pretas (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 14h19.

Paris - A segunda caixa-preta do avião da Air France que caiu em junho de 2009 quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris foi encontrada na noite desta segunda-feira "em bom estado", informou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês).

O aparelho que grava as informações da cabine, imprescindível para esclarecer as causas do acidente, foi "localizado e identificado" pelos investigadores às 18h50 de segunda-feira (horário de Brasília) e recuperado pelo submarino robotizado Remora 6.000, que o levou ao navio francês Ile de Sein às 23h40, assinalou a BEA em comunicado.

Um dia antes, os responsáveis pelas investigações haviam localizado e recuperado a primeira das duas caixas-pretas, neste caso a usada para gravar a atividade dos instrumentos de voo.

A incógnita agora é saber se os investigadores conseguirão recuperar os dados dos dois aparelhos, depois de passarem cerca de dois anos submersos nas profundezas marinhas, após o acidente que deixou 228 mortos.

O diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, indicou que "o estado (da segunda caixa-preta) é bom, assim como o da primeira", mas a questão agora é descobrir se sofreram danos no fundo do mar, em particular se foram submetidas à corrosão.

Em entrevista à emissora de rádio "France Info", Troadec disse que, "se tudo correr bem, a leitura pode ser rápida": "no melhor dos casos, vários dias; no pior, várias semanas".

A ministra de Ecologia francesa, Nathalie Kosciusko-Morizet, ressaltou em comunicado que a descoberta da segunda caixa-preta permitirá "um grande avanço na investigação", e por isso "o tratamento dos dados deve começar o mais rápido possível".

Trata-se - ressaltou Nathalie - de dar aos familiares das vítimas a possibilidade de conhecer "todas as circunstâncias do acidente", mas "a experiência desta catástrofe aérea também é essencial para que a segurança avance e este tipo de drama não volte a acontecer".

No mesmo comunicado, o secretário de Estado de Transportes, Thierry Mariani, considerou que "este segundo êxito confirma que os meios utilizados eram necessários para esclarecer este drama, apesar da complexidade da investigação".

Desde que ocorreu o acidente, há 23 meses, a Administração francesa, a fabricante Airbus e a companhia Air France gastaram 35 milhões de euros com as investigações, o que constitui um recorde na França.

Sem as informações procedentes das caixas-pretas, os investigadores puderam determinar apenas que o voo AF447 sofreu uma falha nas sondas que indicam a velocidade do avião, que não suportaram a baixa temperatura.

No entanto, a BEA advertiu que apenas essas conclusões não eram suficientes para explicar o acidente do Airbus A330 e pediu prudência sobre as mesmas.

Apesar disso, a Air France trocou todas as sondas de sua frota por outras mais modernas e resistentes a baixas temperaturas.

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Paris - A segunda caixa-preta do avião da Air France que caiu em junho de 2009 quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris foi encontrada na noite desta segunda-feira "em bom estado", informou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês).

O aparelho que grava as informações da cabine, imprescindível para esclarecer as causas do acidente, foi "localizado e identificado" pelos investigadores às 18h50 de segunda-feira (horário de Brasília) e recuperado pelo submarino robotizado Remora 6.000, que o levou ao navio francês Ile de Sein às 23h40, assinalou a BEA em comunicado.

Um dia antes, os responsáveis pelas investigações haviam localizado e recuperado a primeira das duas caixas-pretas, neste caso a usada para gravar a atividade dos instrumentos de voo.

A incógnita agora é saber se os investigadores conseguirão recuperar os dados dos dois aparelhos, depois de passarem cerca de dois anos submersos nas profundezas marinhas, após o acidente que deixou 228 mortos.

O diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, indicou que "o estado (da segunda caixa-preta) é bom, assim como o da primeira", mas a questão agora é descobrir se sofreram danos no fundo do mar, em particular se foram submetidas à corrosão.

Em entrevista à emissora de rádio "France Info", Troadec disse que, "se tudo correr bem, a leitura pode ser rápida": "no melhor dos casos, vários dias; no pior, várias semanas".

A ministra de Ecologia francesa, Nathalie Kosciusko-Morizet, ressaltou em comunicado que a descoberta da segunda caixa-preta permitirá "um grande avanço na investigação", e por isso "o tratamento dos dados deve começar o mais rápido possível".

Trata-se - ressaltou Nathalie - de dar aos familiares das vítimas a possibilidade de conhecer "todas as circunstâncias do acidente", mas "a experiência desta catástrofe aérea também é essencial para que a segurança avance e este tipo de drama não volte a acontecer".

No mesmo comunicado, o secretário de Estado de Transportes, Thierry Mariani, considerou que "este segundo êxito confirma que os meios utilizados eram necessários para esclarecer este drama, apesar da complexidade da investigação".

Desde que ocorreu o acidente, há 23 meses, a Administração francesa, a fabricante Airbus e a companhia Air France gastaram 35 milhões de euros com as investigações, o que constitui um recorde na França.

Sem as informações procedentes das caixas-pretas, os investigadores puderam determinar apenas que o voo AF447 sofreu uma falha nas sondas que indicam a velocidade do avião, que não suportaram a baixa temperatura.

No entanto, a BEA advertiu que apenas essas conclusões não eram suficientes para explicar o acidente do Airbus A330 e pediu prudência sobre as mesmas.

Apesar disso, a Air France trocou todas as sondas de sua frota por outras mais modernas e resistentes a baixas temperaturas.

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