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Empresários suspeitos de lavagem de dinheiro e uso irregular do Perse são alvo de operação

Um dos empresários alvos da operação já havia sido autuado no ano passado pela Receita em R$ 43 milhões

O caso tem origem em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) (Policia Federal/Divulgação)

O caso tem origem em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) (Policia Federal/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de março de 2024 às 09h46.

Produtoras musicais suspeitas de lavagem de dinheiro são alvo nesta terça-feira de uma operação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal em São Paulo. Batizada de Latus Actio, a operação apura crimes contra a ordem tributária cometidos por empresas do setor de entretenimento e têm participação também da Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo.

O caso tem origem em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o inquérito foi instaurado ainda em 2022. As investigações mostraram movimentações financeiras realizadas por pessoas físicas sem aparente capacidade financeira e empresas de fachada. Algumas das pessoas envolvidas no esquema têm "extensa ficha criminal" com envolvimento, inclusive, com o tráfico de drogas e organização criminosa, de acordo com informações dos investigadores.

Uso irregular

O caso vem sendo acompanhado de perto pelo Ministério da Fazenda. As autoridades apuram se as empresas utilizavam o benefício fiscal concedido pelo governo para o setor de eventos, o Perse, de forma irregular. Um dos empresários alvos da operação já havia sido autuado no ano passado pela Receita em R$ 43 milhões e outras duas atuações foram abertas nesta terça para averiguar a eventual utilização ilegal do incentivo fiscal.

O ministro Fernando Haddad já vinha indicando a parlamentares a suspeita do governo de que o Perse estava sendo usado como forma de lavar dinheiro. O alerta foi dado em meio às discussões com o Congresso para a prorrogação do benefício. A intenção da equipe econômica era encerrar o programa em abril, mas lideranças pressionam para a extensão das regras.

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