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Empresa de Marin teve valor triplicado durante seu mandato

Entre 2012 e 2015, o capital da empresa passou de 352 mil reais para 1 milhão de reais

O aumento no valor da empresa ocorreu no dia 16 de abril de 2014, mesma data em que Marco Polo Del Nero foi eleito para suceder Marin (REUTERS/Jorge Adorno/Files)

Karla Mamona

Publicado em 31 de maio de 2015 às 10h06.

São Paulo - Uma reportagem publicada pelo O Estado de São Paulo afirma que a Rede Associada de Difusão, empresa de José Maria Marin quase triplicou no período em que ele foi presidente da CBF . Entre 2012 e 2015, o capital da empresa passou de 352 mil reais para 1 milhão de reais.

Segundo o jornal, o aumento no valor da empresa ocorreu no dia 16 de abril de 2014, mesma data em que Marco Polo Del Nero foi eleito para suceder Marin na presidência da CBF.

A reportagem afirma ainda que durante os 17 anos de atividade, a empresa de Marin teve mudanças de endereço e sócios, mas o capital permaneceu inalterado em 352 mil reais. Somente depois que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF e Marin assumiu a entidade, o valor saltou de para 1 milhão de reais.

Quando a empresa tinha 352 mil reais de capital, 264 mil reais (o equivalente a 75% das cotas acionárias) eram de Marin. Os 25% restantes (88 mil reais) eram de seu filho.

Em 16 de abril de 2014, dia em que Marin esteve no Rio de Janeiro para a eleição de Del Nero, o capital total foi alterado para 1 milhão de reais, com manutenção dos percentuais dos acionistas, mas redistribuição dos valores das cotas. Marin, então, passou a ter 750 mil reais e Marcus Vinícius, 250 mil reais.

São Paulo – Enquanto alguns brasileiros pedem o impeachment de Ricardo Teixeira da CBF, em outros esportes, por mais, que além da torcida, os times ou equipes sejam contrários a seu dirigente, quase nada pode ser feito. São os esportes que tem dono. Por “dono” entende-se proprietário mesmo. Empresários ou empresas que comandam uma modalidade esportiva. “As Confederações deveriam se espelhar nesses exemplos para implementarem projetos mais estruturados e mais profissionais”, disse Amir Somoggi, diretor da consultoria Crowe Horwath RCS. Para ele, a evolução dos esportes “que tem dono” é mais rápida que a das Confederações.
  • 2. Dana White e irmãos Fertitta: Os donos do octógono do UFC

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    O UFC nasceu em 1993 como uma ideia de Rorion Gracie. Na época, não havia regras. Com o passar do tempo, além de regras, a competição ganhou um dono. Atualmente, Dana White é o presidente da entidade que controla o evento. No começo de 2001, o grupo que detinha o título UFC o vendeu para os irmãos Lorenzo e Frank Fertitta, donos de cassinos em Las Vegas. O valor da operação foi de 2 milhões de dólares – hoje estima-se que o valor da marca UFC esteja em torno de 2 bilhões de dólares.  Os irmãos Fertitta alocaram o empresário de lutadores Dana White como presidente da recém-criada Zuffa LLC. O UFC começou dando prejuízo para a empresa, mas hoje, a média de arrecadação de cada luta é de 50 milhões de dólares. Para vencer na categoria, o UFC comprou concorrentes e até valeu-se de um reality show, o Ultimate Fighter.
  • 3. Stephane Ratel: criador e dono dos carrões da FIA GT1

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  • O francês Stephane Ratel é criador - e chefão - da FIA GT1. Ele criou a modalidade em 1992, ao promover uma corrida entre seus amigos em carros da marca francesa Venturini. Ratel também é conhecido como o Bernie Ecclestone das competições de Turismo. Em 1998, ele tentou, em vão, convencer os dirigentes da Ferrari a fazer uma categoria em que só corressem modelos F50. Mas a Federação Internacional de Automobilismo acatou o projeto e o tornou porta-voz para popularizar as competições de carros Gran Turismo. A FIA GT1 coloca nas pistas carros de marcas como Aston Martin, Corvette, Ford, Lamborghini e Nissan.   No começo, as equipes eram das montadoras. A partir do ano 2000 elas tornaram-se privadas. O investimento médio dispensado a um carro de gran turismo por equipe é de 1 milhão de dólares por temporada. Por aqui há a GT3 Brasil. O circuito brasileiro foi uma idéia de dois empresários-pilotos: Antonio Hermann e Walter Derani. Do encontro com Stephane Ratel, nasceu a SRO Latin America, responsável pela organização do campeonato no Brasil. A categoria foi lançada no país no segundo semestre de 2007 - por causa da elevada procura por modelos que impossibilitou as montadoras de entregarem os pedidos dos brasileiros antes disso (os carros são adaptados pelos fabricantes).
  • 4. T4F: Dirigindo a StockCar

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    São Paulo -  A T4F tornou-se dona da Stock Car quando incorporou a Vicar, que assumiu a promoção da corrida em 1999. A empresa foi criada pelo ex-piloto Carlos Col, que foi diretor-presidente até 2009 e hoje faz parte do conselho da Vicar.    A empresa surgiu para atender as necessidade da equipe de competição de Col e acabou tornando-se uma empresa promotora ao assinar um contrato de patrocínio com a General Motors. A Vicar também responde pela Copa Chevrolet Montana e pela Mini Challenge. O atual diretor da empresa é Maurício Slaviero. A categoria movimenta mais de meio bilhão de reais por temporada.
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