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João Paulo Cunha diz que pensou em se matar após condenação

Réu condenado no processo do mensalão, o deputado deu entrevista à Folha de S. Paulo e criticou o presidente do STF, Joaquim Barbosa


	Deputado João Paulo Cunha: "Todo mundo pensa como saída a morte. Porque você vai fazer o quê?"
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

Deputado João Paulo Cunha: "Todo mundo pensa como saída a morte. Porque você vai fazer o quê?" (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 13h01.

São Paulo - O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão no processo do mensalão, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que chorou muitas vezes após o resultado do julgamento e que chegou a "pensar em se matar".

O deputado fez ainda críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao relator do processo, o atual presidente da Corte, Joaquim Barbosa.

"Eu produzi prova que me absolvia e Joaquim Barbosa foi contra as provas. A ponto de, nos últimos dias, não só ter ido contra as provas, como tem sido irresponsável", disse Cunha à Folha.

O deputado voltou a afirmar que é inocente, mas reiterou que vai cumprir a decisão da Justiça. "Mas eu vou lutar até as últimas consequências para provar que eu sou inocente", completou.

Tal qual o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP), Cunha não desconsidera sequer a possibilidade de recorrer a "cortes internacionais".

Por enquanto, o petista disse não ter a intenção de renunciar ao mandato na Câmara, já que "não tem culpa".

Nesta quarta-feira, o STF vai decidir se os deputados condenados no mensalão devem perder o mandato automaticamente ou se a ação ficará a cargo de avaliação da Câmara dos Deputados.

Além de Cunha, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry (PP-MT) e José Genoino (PT-SP) - que deve assumir como suplente no ano que vem - correm o risco de terem os mandatos cassados.

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