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Gilberto Carvalho diz que erros do PT não justificam "golpe"

Carvalho foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Dilma e chefe de gabinete do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva

Gilberto Carvalho: "o PT me envergonhou muito, mas acho que não é só um problema do PT" (Antonio Cruz/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2016 às 14h53.

O ex-ministro Gilberto Carvalho disse hoje (1º), em ato do Dia do Trabalho em Brasília, que eventuais erros do PT em mais de de 12 anos de governo não podem ser justificativas para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff , que segundo ele, é um golpe.

“Não vão poder justificar o golpe que estão nos dando. A crise está nos proporcionando essa abertura incrível da juventude, de gente quem nem gosta do PT, que não gosta do governo, mas que está defendendo os direitos sociais e a democracia. Eu antevejo a possibilidade de uma nova primavera nesse país, a partir da confluência de todas essas forças, dos intelectuais, dos artistas, dos jovens”, disse Carvalho em discurso durante o ato, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular e Frente Brasil sem Medo.

Carvalho foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Dilma e chefe de gabinete do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O ato, chamado de Virada Cultural, começou ontem (30) e foi retomado hoje de manhã com a participação de artistas locais e de políticos. Organizado para comemorar o Dia do Trabalho, o evento também foi um ato de crítica ao processo de impeachment de Dilma, que tramita no Senado.

O secretário-geral da CUT - Brasília, Rodrigo Rodrigues, o impeachment não é especificamente para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, mas um golpe contra a classe trabalhadora.

“Hoje aqui é um ato político, marcando o Dia do Trabalhador, um dia de luta da classe trabalhadora que, além da defesa dos direitos da classe trabalhadora, tem também a pauta política, em defesa da democracia e denunciando o golpe que está em curso no Brasil”.

A servidora pública Simara Pereira Caetano de Faria, 31 anos, participou do ato político com o filho e disse que foi a primeira vez que saiu de casa para se manifestar.

“Diante do panorama político do país, não posso ficar no conforto do meu lar e me abster da luta. Eu, que nos últimos 12 anos me tornei uma pessoa de classe média, fui beneficiada por programas sociais e votei no PT, não tenho o direito de ficar no meu lar. O PT me envergonhou muito, mas acho que não é só um problema do PT. É um problema da sociedade brasileira”, disse, emocionada.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF),  a manifestação deste domingo mostra que a luta dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, que deu origem ao Dia do Trabalho, ainda é atual e necessária.

Em 1886, milhares de trabalhadores da cidade norte-americana se reuniram para reivindicar a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.

“Esse ato nos mostra como ainda temos pedaços de colonialismo, de ditadura e de escravidão. Há uma lógica da elite dominante desse país, que quer acabar com todos os direitos do trabalhador.

É uma luta que mostra como nós, a classe trabalhadora, temos uma função primordial nesse momento de ruptura democrática. Se você assassina a democracia, como está em curso nesse país, você faz com que nós não tenhamos proteção a nenhum direito”, disse.

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O ex-ministro Gilberto Carvalho disse hoje (1º), em ato do Dia do Trabalho em Brasília, que eventuais erros do PT em mais de de 12 anos de governo não podem ser justificativas para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff , que segundo ele, é um golpe.

“Não vão poder justificar o golpe que estão nos dando. A crise está nos proporcionando essa abertura incrível da juventude, de gente quem nem gosta do PT, que não gosta do governo, mas que está defendendo os direitos sociais e a democracia. Eu antevejo a possibilidade de uma nova primavera nesse país, a partir da confluência de todas essas forças, dos intelectuais, dos artistas, dos jovens”, disse Carvalho em discurso durante o ato, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular e Frente Brasil sem Medo.

Carvalho foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Dilma e chefe de gabinete do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O ato, chamado de Virada Cultural, começou ontem (30) e foi retomado hoje de manhã com a participação de artistas locais e de políticos. Organizado para comemorar o Dia do Trabalho, o evento também foi um ato de crítica ao processo de impeachment de Dilma, que tramita no Senado.

O secretário-geral da CUT - Brasília, Rodrigo Rodrigues, o impeachment não é especificamente para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, mas um golpe contra a classe trabalhadora.

“Hoje aqui é um ato político, marcando o Dia do Trabalhador, um dia de luta da classe trabalhadora que, além da defesa dos direitos da classe trabalhadora, tem também a pauta política, em defesa da democracia e denunciando o golpe que está em curso no Brasil”.

A servidora pública Simara Pereira Caetano de Faria, 31 anos, participou do ato político com o filho e disse que foi a primeira vez que saiu de casa para se manifestar.

“Diante do panorama político do país, não posso ficar no conforto do meu lar e me abster da luta. Eu, que nos últimos 12 anos me tornei uma pessoa de classe média, fui beneficiada por programas sociais e votei no PT, não tenho o direito de ficar no meu lar. O PT me envergonhou muito, mas acho que não é só um problema do PT. É um problema da sociedade brasileira”, disse, emocionada.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF),  a manifestação deste domingo mostra que a luta dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, que deu origem ao Dia do Trabalho, ainda é atual e necessária.

Em 1886, milhares de trabalhadores da cidade norte-americana se reuniram para reivindicar a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.

“Esse ato nos mostra como ainda temos pedaços de colonialismo, de ditadura e de escravidão. Há uma lógica da elite dominante desse país, que quer acabar com todos os direitos do trabalhador.

É uma luta que mostra como nós, a classe trabalhadora, temos uma função primordial nesse momento de ruptura democrática. Se você assassina a democracia, como está em curso nesse país, você faz com que nós não tenhamos proteção a nenhum direito”, disse.

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