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Em 5 anos, vendas de moradias novas em SP subiram 27%

Abertura de capitas de construtoras impulsionaram aumento, acredita o sindicato das empresas do setor

Em 2010 foram vendidas 30,9 mil unidades em São Paulo (Claudio Rossi/VOCÊ S/A)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 13h14.

São Paulo - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 27,2 por cento entre 2006 e 2010, informou nesta quarta-feira o sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, Secovi-SP.

Há cinco anos, foram vendidas 28,3 mil unidades em São Paulo em um ano. No acumulado de 2010 até novembro as vendas somam 30,9 mil unidades, volume praticamente estável em relação a um ano antes. Com o resultado projetado para dezembro, as vendas no ano passado devem atingir 36 mil moradias.

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Os últimos cinco anos da década, segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, foram marcados por uma mudança de paradigmas no setor imobiliário brasileiro.

Foi em setembro de 2005 que ocorreu a primeira abertura de capital de uma construtora, a Cyrela Brazil Realty, movimento seguido pelas concorrentes a partir do ano seguinte.

"A abertura de capital fez as incorporadoras saírem de São Paulo, se nacionalizarem", disse ele, acrescentando ainda como destaques do período a criação do programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" e a isenção de tributos para venda de materiais de construção.

O ritmo de lançamentos realizados na capital paulista também teve crescimento expressivo no período de cinco anos, conforme o Secovi-SP. De 2001 a 2005, o setor lançava uma média anual de 24 mil unidades, número que hoje é de 33 mil.

Mas foi o financiamento imobiliário que, conforme levantamento da entidade, registrou o avanço mais expressivo da década, saltando de 1,9 bilhão de reais em 2001 para 48 bilhões de reais nos 11 primeiros meses de 2010.

Segundo dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e do Banco Central, em 2010 como um todo o volume de crédito imobiliário deve ser de 57 bilhões de reais. "Em 2001 praticamente não existia financiamento imobiliário", assinalou Petrucci.

Para 2011, o economista-chefe do Secovi-SP aposta que o setor tenha condições de se expandir cerca de 5 por cento, considerando vendas e lançamentos no Brasil, ritmo de crescimento que deve ser mantido nos próximos anos.


Preços estáveis

Entre 2007 e 2009, os preços dos imóveis sofreram considerável reajuste, após anos de retração. Na visão do Secovi-SP, os preços atingiram em 2010 o limite na escalada de alta e não sofrerão grandes mudanças, apenas acompanhando os índices de inflação e eventuais tendências regionais.

"Acreditamos que 2011 será de equilíbrio e acomodação de preços... Vai estabilizar, ficando paralelo com índices de inflação", disse Petrucci.

A justificativa é apoiada na velocidade de vendas dos lançamentos, segundo o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

"A estabilidade (de preços) é uma tendência vista nos lançamentos. Vendas feitas muito rapidamente indicam forte aumento de preços. Hoje os lançamentos estão sendo vendidos com menor velocidade em algumas regiões", afirmou, ressaltando que o ritmo de escoamento de estoques também vem diminuindo.

Lançamentos menores em 2010

O Secovi-SP também informou que as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo subiram 25 por cento em novembro do ano passado ante o mesmo mês em 2009, para 3.270 unidades. Em relação a outubro, as vendas foram 7,8 por cento maiores.

De acordo com a entidade, o volume de vendas até novembro não foi maior porque as empresas não lançaram no mesmo ritmo. A dificuldade encontrada pelas empresas para realizar maior número de lançamentos é justificada, sobretudo, pela escassez de terrenos adequados para construção.

Os lançamentos em novembro último cederam 1,6 por cento na comparação com novembro de 2009 e caíram 22,8 por cento ante outubro, a 3.970 unidades. De janeiro a novembro, no entanto, foram lançadas 29,8 mil unidades na cidade de São Paulo, acima das 25 mil de um ano antes.

O número recorde de lançamentos feitos em 2007, que foi de 39 mil imóveis, não deve ser superado no acumulado de 2010, quando o volume pode atingir 34 mil unidades.

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