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Eleição municipal deixa PFL e PP em 'situação delicada', diz consultoria

Boletim da Trevisan afirma que também o PMDB compartilha com ex-rivais dos anos 80 a tendência de tornar-se mero partido coadjuvante

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 15h26.

A situação do PFL depois das eleições municipais de domingo (3/10) será a mais delicada entre os grandes partidos brasileiros. Isolando os municípios com mais de 150 mil eleitores, a consultoria Trevisan verificou que o PFL só lidera em quatro cidades, ficando em sétimo lugar, atrás do PPS, PSB, PDT, PMDB, PSDB (na frente em 20 municípios) e PT (em primeiro lugar em 25 municípios). A consultoria segue a linha de <a href=http://portalexame.com/geral/conteudo_50349.shtml><u>análise</u></a> publicada recentemente pelo banco Credit Suisse First Boston (CSFB), pela qual as eleições vão consolidar petistas e tucanos como os pólos político-partidários no Brasil. Observando a disputa nas capitais, diz o boletim da Trevisan, o PT lidera em sete e ocupa a segunda colocação em três. O PSDB está na frente em seis capitais e mantém a segunda colocação em outras cinco.

Para a consultoria, esses números demonstram um "nítido distanciamento" de PT e PSDB em relação às duas outras agremiações consideradas grandes - o PMDB e o PFL - e refletem o que vem ocorrendo na política nacional desde 1994, quando tucanos e petistas começaram a acostumar-se com intensos enfrentamentos.

A Trevisan afirma que, diante disso, o PMDB e o PFL adotaram uma "crescente postura de partidos coadjuvantes", incapazes de superar sua baixa competitividade, falta de capacidade de renovação de lideranças e fragmentação interna. Segundo o boletim, São Paulo vai reservar fortes dores de cabeça para o PP de Paulo Maluf, porque sua baixa votação já no 1º turno deixa o partido sem nenhuma liderança de expressão nacional. A conclusão da Trevisan é que a disputa municipal pode estimular um rearranjo partidário mais amplo, especialmente se a tão falada reforma política realmente deslanchar em 2005.

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