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Economistas renomados revelam as projeções para 2011

EXAME.com traz as expectativas dos principais nomes da economia para PIB, inflação, dólar, juros e balança comercial

Economia não é ciência exata (Pedro Rubens/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 18h56.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.

São Paulo - Os economistas frequentemente recebem críticas por erros em suas previsões. Embora muitos utilizem modelos matemáticos e econométricos para tentar antecipar o futuro, não há como garantir 100% de acerto. Em 2011, a grande incógnita é a Europa. No mercado, poucos têm uma visão tão pessimista como a de Ricardo Amorim, que vislumbra sérios problemas na Espanha. A maioria embutiu em suas projeções "apenas" um crescimento lento dos países ricos. Outra ponto-chave é a China. Uma pequena desaceleração já foi incorporada às análises, mas não uma pisada forte no freio. O Brasil, nesse contexto, deve ter um ano positivo. Dentre as projeções coletadas por EXAME.com, a menor é de um crescimento de 4,3% do PIB. Câmbio comportado, inflação pressionada (mas não superior ao teto da meta) e juros em alta são outras previsões predominantes. Já o desempenho da balança comercial dependerá fundamentalmente do preço das commodities (novamente entram aqui incertezas internacionais). Os economistas renomados ouvidos nessa reportagem têm currículo invejável, farta experiência em cargos públicos e privados e, em muitos casos, uma numerosa e competente equipe de analistas que olham com lupa todos os indicadores. Isso tudo não é garantia de perfeição. A figura da bola de cristal, evidentemente, é uma brincadeira, mas é importante reconhecer que a Economia não é uma ciência exata.
  • 2. Ilan Goldfajn tem as menores projeções para PIB e balança

    2 /9(Eduardo Monteiro/EXAME)

  • Veja também

    São Paulo - Do grupo de renomados economistas ouvidos por EXAME.com, Ilan Goldfajn é quem possui as menores previsões para PIB (4,3%) e superávit da balança comercial (US$ 1 bilhão). O economista-chefe do Itaú Unibanco, que tem no currículo a experiência como diretor de política econômica do Banco Central, aposta que o aperto nos juros começará na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 18 e 19 de janeiro.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,3%
    IPCA 5,6%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,74
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,77
    Balança comercial (US$) 1 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 12,25%
    1ª alta (se houver) Janeiro
  • 3. Mailson da Nóbrega prevê saldo comercial superior ao de 2010

    3 /9(VEJA)

  • São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega é o único economista citado nesta reportagem que projeta um saldo para a balança comercial maior no ano que vem (US$ 18 bilhões) do que o registrado em 2010 (entre US$ 16 bilhões e US$ 17 bilhões). O sócio da Tendências Consultoria acredita que a alta dos juros aconteça apenas a partir da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,4%
    IPCA 5,5%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,75
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,79
    Balança comercial (US$) 18 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 12,25%
    1ª alta (se houver) Março
  • 4. Alexandre Schwartsman prevê a maior alta de juros

    4 /9(Germano Luders/EXAME)

    São Paulo - Do grupo de especialistas ouvidos por EXAME.com, o economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, é quem vislumbra o maior aperto monetário, com a Selic chegando a 13% ao ano. No quesito câmbio, o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central tem a segunda maior projeção para o dólar: R$ 1,78, na média, e R$ 1,85, na ponta de dezembro.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,5%
    IPCA 5,5%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,78
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,85
    Balança comercial (US$) 6,5 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 13%
    1º alta (se houver)Janeiro
  • 5. J. R. Mendonça de Barros tem a menor projeção para o dólar

    5 /9(GERMANO LUDERS/EXAME)

    São Paulo - Com um dólar estimado em R$ 1,70 no final do ano que vem, o ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda José Roberto Mendonça de Barros projeta, ao lado de Octavio de Barros, do Bradesco, a taxa de câmbio mais valorizada em 2011. O sócio da MB Associados prevê alta dos juros na reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e saldo positivo da balança comercial de apenas US$ 2,7 bilhões (o segundo menor superávit entre os consultados por EXAME.com).
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 5%
    IPCA 5,3%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,70
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,70
    Balança comercial (US$) 2,7 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 12,75%
    1ª alta (se houver) Janeiro
  • 6. Antonio Corrêa de Lacerda tem o maior dólar e a menor Selic

    6 /9(Sidney Murrita/Ipea)

    São Paulo - Do grupo de economistas consultados por EXAME.com, o professor doutor do departamento de Economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda é quem possui as maiores projeções para o dólar: R$ 1,80 (média) e R$ 1,90 (na ponta de dezembro). Lacerda, que integra o Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o único que prevê queda da taxa Selic no ano que vem, passando dos atuais 10,75% para 9,50% ao ano.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 5%
    IPCA 5%
    Taxa de câmbio - médio (R$/US$) 1,80
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,90
    Balança comercial (US$) 12 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 9,50%
    1ª alta (se houver) --------
  • 7. Carlos Thadeu de Freitas possui a maior projeção de inflação

    7 /9(Cristina Bocayuva/CNC)

    São Paulo - Do grupo de especialistas ouvidos por EXAME.com, o chefe do departamento econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, é quem possui a previsão mais alta para a inflação no ano que vem (5,7%). O ex-diretor do Banco Central prevê o início do aperto monetário apenas em março e projeta saldo da balança comercial parecido com o que será registrado nesse ano: US$ 16 bilhões.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,5%
    IPCA 5,7%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,70
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,75
    Balança comercial (US$) 16 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 12%
    1ª alta (se houver) Março
  • 8. Octavio de Barros prevê estabilidade na taxa de juros

    8 /9(Germano Luders/EXAME)

    São Paulo - O diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, Octavio de Barros, é o único do grupo consultado por EXAME.com que aposta na manutenção da Selic em 2011. Esse cenário, segundo o especialista, tem 60% de chances de acontecer. O cenário alternativo seria de alta dos juros, a partir de março, de 10,75% para 12% ao ano. Ao lado de José Roberto Mendonça de Barros, tem a taxa de câmbio mais valorizada no encerramento de 2011: R$ 1,70 Atualização: No dia 23 de dezembro, o Depec emitiu comunicado alterando as previsões para juros por causa do conteúdo do Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central no dia anterior. "O cenário alternativo, que tinha 40% de chances de acontecer, passa a ser o único cogitado nesse momento", diz o texto. Com isso, Octavio de Barros passa a prever Selic em 12,25% no final de 2011 e inflação de 5%.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,5%
    IPCA 5,3%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,70
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,70
    Balança comercial (US$) 14,1 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) 10,75%
    1ª alta (se houver) ----------
  • 9. José Julio Senna tem previsões ao redor da média

    9 /9(Reprodução/GloboNews)

    São Paulo - As projeções para PIB, IPCA, dólar, Selic e balança comercial do sócio-diretor da MCM Consultores José Júlio Senna estão próximas à média das estimativas colhidas por EXAME.com. O aperto monetário, segundo ele, começa em janeiro e o dólar encerra o ano vendido a R$ 1,77. Ex-diretor do Banco Central, José Júlio Senna lançou recentemente o livro " Política Monetária: ideias, experiências e evolução ", pela Editora FGV.
    Elaboração: EXAME.com
    Indicadores 2011
    PIB 4,47%
    IPCA 5,37%
    Taxa de câmbio - média (R$/US$) 1,74
    Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,77
    Balança comercial (US$) 9,02 bi
    Meta taxa Selic - fim de período (a.a) 12,25%
    1ª alta (se houver) Janeiro
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