- 1. Economia não é ciência exata
1 /9(Pedro Rubens/EXAME)
São Paulo - Os economistas frequentemente recebem críticas por erros em suas previsões. Embora muitos utilizem modelos matemáticos e econométricos para tentar antecipar o futuro, não há como garantir 100% de acerto. Em 2011, a grande incógnita é a Europa. No mercado, poucos têm uma visão tão pessimista como a de
Ricardo Amorim, que vislumbra sérios problemas na Espanha. A maioria embutiu em suas projeções "apenas" um crescimento lento dos países ricos. Outra ponto-chave é a China. Uma pequena desaceleração já foi incorporada às análises, mas não uma pisada forte no freio. O Brasil, nesse contexto, deve ter um ano positivo. Dentre as projeções coletadas por EXAME.com, a menor é de um crescimento de 4,3% do PIB. Câmbio comportado, inflação pressionada (mas não superior ao teto da meta) e juros em alta são outras previsões predominantes. Já o desempenho da balança comercial dependerá fundamentalmente do preço das commodities (novamente entram aqui incertezas internacionais). Os economistas renomados ouvidos nessa reportagem têm currículo invejável, farta experiência em cargos públicos e privados e, em muitos casos, uma numerosa e competente equipe de analistas que olham com lupa todos os indicadores. Isso tudo não é garantia de perfeição. A figura da bola de cristal, evidentemente, é uma brincadeira, mas é importante reconhecer que a Economia não é uma ciência exata.
2. Ilan Goldfajn tem as menores projeções para PIB e balança 2 /9(Eduardo Monteiro/EXAME)
São Paulo - Do grupo de renomados economistas ouvidos por EXAME.com, Ilan Goldfajn é quem possui as menores previsões para PIB (4,3%) e superávit da balança comercial (US$ 1 bilhão). O economista-chefe do Itaú Unibanco, que tem no currículo a experiência como diretor de política econômica do Banco Central, aposta que o aperto nos juros começará na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 18 e 19 de janeiro.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,3% |
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IPCA | 5,6% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,74 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,77 |
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Balança comercial (US$) | 1 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 12,25% |
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1ª alta (se houver) | Janeiro |
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3. Mailson da Nóbrega prevê saldo comercial superior ao de 2010 3 /9(VEJA)
São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega é o único economista citado nesta reportagem que projeta um saldo para a balança comercial maior no ano que vem (US$ 18 bilhões) do que o registrado em 2010 (entre US$ 16 bilhões e US$ 17 bilhões). O sócio da Tendências Consultoria acredita que a alta dos juros aconteça apenas a partir da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,4% |
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IPCA | 5,5% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,75 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,79 |
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Balança comercial (US$) | 18 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 12,25% |
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1ª alta (se houver) | Março |
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4. Alexandre Schwartsman prevê a maior alta de juros 4 /9(Germano Luders/EXAME)
São Paulo - Do grupo de especialistas ouvidos por EXAME.com, o economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, é quem vislumbra o maior aperto monetário, com a Selic chegando a 13% ao ano. No quesito câmbio, o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central tem a segunda maior projeção para o dólar: R$ 1,78, na média, e R$ 1,85, na ponta de dezembro.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,5% |
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IPCA | 5,5% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,78 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,85 |
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Balança comercial (US$) | 6,5 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 13% |
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1º alta (se houver) | Janeiro |
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5. J. R. Mendonça de Barros tem a menor projeção para o dólar 5 /9(GERMANO LUDERS/EXAME)
São Paulo - Com um dólar estimado em R$ 1,70 no final do ano que vem, o ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda José Roberto Mendonça de Barros projeta, ao lado de Octavio de Barros, do Bradesco, a taxa de câmbio mais valorizada em 2011. O sócio da MB Associados prevê alta dos juros na reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e saldo positivo da balança comercial de apenas US$ 2,7 bilhões (o segundo menor superávit entre os consultados por EXAME.com).
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 5% |
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IPCA | 5,3% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,70 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,70 |
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Balança comercial (US$) | 2,7 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 12,75% |
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1ª alta (se houver) | Janeiro |
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6. Antonio Corrêa de Lacerda tem o maior dólar e a menor Selic 6 /9(Sidney Murrita/Ipea)
São Paulo - Do grupo de economistas consultados por EXAME.com, o professor doutor do departamento de Economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda é quem possui as maiores projeções para o dólar: R$ 1,80 (média) e R$ 1,90 (na ponta de dezembro). Lacerda, que integra o Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o único que prevê queda da taxa Selic no ano que vem, passando dos atuais 10,75% para 9,50% ao ano.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 5% |
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IPCA | 5% |
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Taxa de câmbio - médio (R$/US$) | 1,80 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,90 |
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Balança comercial (US$) | 12 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 9,50% |
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1ª alta (se houver) | -------- |
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7. Carlos Thadeu de Freitas possui a maior projeção de inflação 7 /9(Cristina Bocayuva/CNC)
São Paulo - Do grupo de especialistas ouvidos por EXAME.com, o chefe do departamento econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, é quem possui a previsão mais alta para a inflação no ano que vem (5,7%). O ex-diretor do Banco Central prevê o início do aperto monetário apenas em março e projeta saldo da balança comercial parecido com o que será registrado nesse ano: US$ 16 bilhões.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,5% |
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IPCA | 5,7% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,70 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,75 |
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Balança comercial (US$) | 16 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 12% |
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1ª alta (se houver) | Março |
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8. Octavio de Barros prevê estabilidade na taxa de juros 8 /9(Germano Luders/EXAME)
São Paulo - O diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, Octavio de Barros, é o único do grupo consultado por EXAME.com que aposta na manutenção da Selic em 2011. Esse cenário, segundo o especialista, tem 60% de chances de acontecer. O cenário alternativo seria de alta dos juros, a partir de março, de 10,75% para 12% ao ano. Ao lado de José Roberto Mendonça de Barros, tem a taxa de câmbio mais valorizada no encerramento de 2011: R$ 1,70
Atualização:
No dia 23 de dezembro, o Depec emitiu comunicado alterando as previsões para juros por causa do conteúdo do Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central no dia anterior. "O cenário alternativo, que tinha 40% de chances de acontecer, passa a ser o único cogitado nesse momento", diz o texto. Com isso, Octavio de Barros passa a prever Selic em 12,25% no final de 2011 e inflação de 5%. Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,5% |
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IPCA | 5,3% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,70 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,70 |
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Balança comercial (US$) | 14,1 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a.) | 10,75% |
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1ª alta (se houver) | ---------- |
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9. José Julio Senna tem previsões ao redor da média 9 /9(Reprodução/GloboNews)
São Paulo - As projeções para PIB, IPCA, dólar, Selic e balança comercial do sócio-diretor da MCM Consultores José Júlio Senna estão próximas à média das estimativas colhidas por EXAME.com. O aperto monetário, segundo ele, começa em janeiro e o dólar encerra o ano vendido a R$ 1,77. Ex-diretor do Banco Central, José Júlio Senna lançou recentemente o livro "
Política Monetária: ideias, experiências e evolução ", pela Editora FGV.
Elaboração: EXAME.com Indicadores | 2011 |
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PIB | 4,47% |
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IPCA | 5,37% |
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Taxa de câmbio - média (R$/US$) | 1,74 |
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Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) | 1,77 |
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Balança comercial (US$) | 9,02 bi |
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Meta taxa Selic - fim de período (a.a) | 12,25% |
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1ª alta (se houver) | Janeiro |
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