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Duas pessoas são presas em tumulto na Cracolândia

A Guarda-Civil pediu apoio à PM após flagrar um roubo e perseguir os suspeitos, que teriam fugido para o meio dos usuários de drogas

Cracolândia: moradores da Cracolândia reagiram à entrada da polícia com pedras e fizeram barricadas (Agência Brail/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2017 às 21h35.

Duas pessoas foram presas na tarde de hoje (10) durante conflito na Cracolândia , região central da capital paulista, e encaminhadas ao 77º Distrito Policial, onde o caso foi registrado.

As informações são da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).

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No início da tarde, guardas-civis municipais detiveram um suspeito de furto na região da Luz.

Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, à qual a Guarda Civil (GCM) é subordinada, houve tumulto no local e a Polícia Militar foi acionada.

De acordo com a SSP, os guardas pediram apoio à Polícia Militar após flagrarem um roubo e perseguirem os suspeitos, que teriam fugido para o meio dos usuários de drogas, o que teria dado início a um tumulto.

A polícia informou que uma pessoa foi atingida por disparo de arma de fogo, socorrida e já foi liberada.

Moradores da Cracolândia reagiram à entrada da polícia com pedras e fizeram barricadas, ateando fogo em objetos, na altura do número 100 da Alameda Dino Bueno.

Os policiais chegaram a derrubar barracas que estavam montadas no local. Durante a tarde, lojas do entorno fecharam as portas e algumas foram saqueadas.

De acordo com informações do Coletivo A Craco Resiste, a ação dos guardas e dos policiais contra usuários teve uso de bombas de gás e foi jogada munição química na tenda do programa municipal De Braços Abertos - que atende a usuários de crack -, atingindo trabalhadores e pacientes.

Ainda segundo o coletivo, duas pessoas foram atingidas por munição letal e várias ficaram feridas por balas de borracha. Em sua página do Facebook, o grupo publicou imagens de alguns feridos.

Procuradas sobre a denúncia de ataque à tenda do programa De Braços Abertos, a Secretaria de Segurança Pública e a PM não se manifestaram.

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