Dois setores da USP não retomam atividades
Funcionários da Prefeitura da USP e da Superintendência de Espaço Físico cruzaram os braços em protesto à "falta de diálogo" sobre a reposição de horas
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 14h41.
São Paulo - Funcionários de dois setores da Universidade de São Paulo ( USP ) ainda não retomaram o trabalho nesta segunda-feira, 22, após o fim da greve . Funcionários da Prefeitura da USP e da Superintendência de Espaço Físico (SEF) cruzaram os braços em protesto à "falta de diálogo" sobre a reposição de horas determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) na última semana.
Segundo os trabalhadores, os dois setores somam cerca de 400 pessoas - cerca de 2% dos 17.404 servidores administrativos da instituição.
Em ambos os casos, a reivindicação dos servidores é de que não houve diálogo sobre como as horas deverão ser repostas e que foi "imposto" a eles que cumpram 70 horas extras - teto determinado em audiência de conciliação do TRT-2.
O Tribunal sugeriu que, para resolver o último dos impasses para o fim da paralisação, cada unidade deveria discutir como recuperar o trabalho acumulado.
A única regra determinada era que o trabalhador não fizesse mais de uma hora extra por dia e que o máximo de reposição chegasse a 70 horas até o final do ano.
De acordo com Claudionor Brandão, que é um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), não houve diálogo com os dirigentes das unidades. "A SEF ignorou a parte do acordo que fala sobre negociação entre as partes. Querem que o pessoal compense sem negociar nada", disse.