Dilma defende na CNN "renovação" do futebol brasileiro
"O Brasil não pode mais continuar exportando jogador. Exportar jogador significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios", ressaltou presidente
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h55.
Washington - Em entrevista apresentada nesta quinta-feira pela CNN, a presidente Dilma Rousseff defendeu uma "renovação" no futebol brasileiro que interrompa a exportação de bons jogadores do país e sirva como um elemento de atração de espectadores aos estádios, especialmente os que foram construídos para a Copa do Mundo.
"O Brasil não pode mais continuar exportando jogador. Exportar jogador significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios", ressaltou.
"Qual é a maior atração que um país que ama o futebol como o nosso tem para ir num jogo de futebol? Ver os craques. Tem craques no Brasil que estão fora do país há muito tempo."
Segundo ela, um país com a paixão pelo futebol como a do Brasil "tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados".
A defesa da renovação do futebol foi feita em resposta a uma pergunta sobre os elevados gastos com a Copa do Mundo - US$ 14 bilhões comparados a US$ 4 bilhões usados na África do Sul em 2010.
A presidente afirmou que os estádios consumiram apenas US$ 4 bilhões do total e comparou o valor aos US$ 850 bilhões gastos pelas três esferas do governo com saúde e educação entre 2010 e 2013.
O restante dos recursos foram aplicados em obras que eram necessárias, como aeroportos, sustentou a presidente. Dilma reconheceu que a Alemanha "jogou muito bem" na partida em que derrotou o Brasil por 7 a 1, na terça, e que felicita a primeira-ministra Angela Merkel pela vitória.
"Quando você perde, você tem de cumprimentar o adversário. Não é uma guerra, é um jogo, e é por isso que o futebol encanta", observou.
"Então eu vou cumprimentar a Angela Merkel e dizer para a chanceler que o time dela jogou muito bem. E que ela esteja de parabéns."