Brasil

Dilma classifica como infeliz a "troca de carne por ovo"

Presidente classificou como "infeliz" a sugestão de Márcio Holland para que os consumidores consumam ovos para evitar a alta dos preços

Presidente Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Presidente Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 20h44.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff classificou como "infeliz" a sugestão do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland para que os consumidores consumam frango e ovos ao invés de carne, como forma de evitar a alta dos preços da carne bovina.

"Acho errada a afirmação do secretário de política econômica, acho infeliz. Mais do que errada, acho infeliz", disse a presidente a jornalistas nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada.

Apesar de criticar a declaração, Dilma minimizou os efeitos dela na campanha, já que o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, explorou a afirmação de Holland no programa eleitoral obrigatório.

"Eu acho que foi uma frase infeliz, só isso. Uma frase extremamente infeliz", respondeu. Dilma afirmou que "jamais" daria esse conselho. "Porque eu acho que as pessoas têm direito de comer carne, de comer frango e comer ovo", argumentou.

"Uma das grandes vitórias do meu governo e do governo Lula foi tirar o Brasil do mapa da fome e colocar a carne, o frango e o ovo e as proteínas em geral na mesa do brasileiro", acrescentou.

Dilma também afirmou que a questão da inflação tem sido tratada com "demagogia" na campanha eleitoral.

Ela negou que a declaração de Holland e a manutenção do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no cargo, mesmo já tendo anunciado que ele não prosseguirá num eventual segundo mandato, sejam sinais de que a área econômica esteja sendo descuidada.

Reeleição

Dilma afirmou ainda que não acredita ser possível discutir o fim da reeleição no país sem um projeto claro de qual seria o novo sistema, com governos de cinco anos ou mais tempo.

"Eu aceito discussão (sobre o fim da reeleição), só que não aceito discussão que não esteja claro todos o termos... quero saber a quem interesse e por que interessa", disse a presidente.

Seu adversário tem dito ser favorável ao fim da reeleição e a mandatos de cinco anos para presidentes da República.

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