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Deputado Hugo Motta lança candidatura à liderança do PMDB

O deputado federal anunciou sua candidatura à liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e se tornou o terceiro parlamentar da sigla na disputa

Hugo Motta: "vamos colocar nosso nome à disposição da bancada do PMDB na eleição da liderança" (Antonio Cruz/Agência Barsil)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 19h09.

Brasília - O deputado federal Hugo Motta (PB) anunciou nesta quarta-feira sua candidatura à liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e se tornou o terceiro parlamentar da sigla na disputa para liderar a bancada do principal partido da coalizão que apoia o governo da presidente Dilma Rousseff.

Apontado como integrante da ala que apoia o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo em julho do ano passado, Motta tentou minimizar essa proximidade.

“Vamos colocar nosso nome à disposição da bancada do PMDB na eleição da liderança, é uma prerrogativa de todo e qualquer parlamentar do partido”, disse o deputado a jornalistas. “Eu não sou o líder de Eduardo Cunha nem sou o candidato a líder do governo e nem muito menos da oposição. Eu sou o candidato a liderar uma bancada que precisa se unir para enfrentar os desafios que o Brasil impõe a nosso partido nesse momento difícil”, disse o deputado, para quem o presidente da Câmara é um “eleitor como qualquer outro deputado”.

Na terça-feira, deputados peemedebistas já discutiam a apresentação de uma terceira candidatura à liderança, uma vez que a bancada de Minas Gerais da sigla não fechou consenso em nome do deputado Leonardo Quintão (MG) para fazer frente à tentativa de recondução do atual líder, Leonardo Picciani (RJ). Quintão não conta com o apoio formal da bancada de seu Estado para a candidatura que lançou.

Por outro lado, Picciani ainda enfrenta resistências, ainda que amortecidas, desde o episódio da escolha de nomes do partido para compor uma comissão especial que analisará a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Na ocasião, no ano passado, descontentes com o que identificaram como uma postura de alinhamento ao Planalto de Picciani, deputados peemedebistas uniram-se à oposição e lançaram uma lista paralela para a comissão, posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora possa retirar votos de Picciani com a sua candidatura, Motta afirmou que a terceira via surgiu “justamente para tentar dialogar tanto com um lado quanto com outro”.

O deputado disse ainda que o partido não pode seguir “nessa instabilidade” e nas “guerras de listas”, referindo-se ao episódio no fim do ano passado em que rebeldes da bancada destituíram Picciani da liderança mediante a apresentação de uma correlação de nomes de pouco mais da metade da bancada. Picciani formulou uma nova lista e retomou o posto oito dias depois.

Questionado sobre sua posição em relação ao impeachment, Motta afirmou que é pessoalmente contra, mas que, uma vez líder, representará a vontade da maioria dos deputados.

Ainda que quase a metade do partido na Câmara se posicione declaradamente contrária ao Planalto e favorável ao fim da aliança do partido com o PT, o PMDB é de extrema importância para o governo. Um dos maiores partidos da Casa, tem papel decisivo em votações prioritárias, assim como na decisão sobre a abertura do processo de impeachment da presidente.

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Brasília - O deputado federal Hugo Motta (PB) anunciou nesta quarta-feira sua candidatura à liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e se tornou o terceiro parlamentar da sigla na disputa para liderar a bancada do principal partido da coalizão que apoia o governo da presidente Dilma Rousseff.

Apontado como integrante da ala que apoia o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo em julho do ano passado, Motta tentou minimizar essa proximidade.

“Vamos colocar nosso nome à disposição da bancada do PMDB na eleição da liderança, é uma prerrogativa de todo e qualquer parlamentar do partido”, disse o deputado a jornalistas. “Eu não sou o líder de Eduardo Cunha nem sou o candidato a líder do governo e nem muito menos da oposição. Eu sou o candidato a liderar uma bancada que precisa se unir para enfrentar os desafios que o Brasil impõe a nosso partido nesse momento difícil”, disse o deputado, para quem o presidente da Câmara é um “eleitor como qualquer outro deputado”.

Na terça-feira, deputados peemedebistas já discutiam a apresentação de uma terceira candidatura à liderança, uma vez que a bancada de Minas Gerais da sigla não fechou consenso em nome do deputado Leonardo Quintão (MG) para fazer frente à tentativa de recondução do atual líder, Leonardo Picciani (RJ). Quintão não conta com o apoio formal da bancada de seu Estado para a candidatura que lançou.

Por outro lado, Picciani ainda enfrenta resistências, ainda que amortecidas, desde o episódio da escolha de nomes do partido para compor uma comissão especial que analisará a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Na ocasião, no ano passado, descontentes com o que identificaram como uma postura de alinhamento ao Planalto de Picciani, deputados peemedebistas uniram-se à oposição e lançaram uma lista paralela para a comissão, posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora possa retirar votos de Picciani com a sua candidatura, Motta afirmou que a terceira via surgiu “justamente para tentar dialogar tanto com um lado quanto com outro”.

O deputado disse ainda que o partido não pode seguir “nessa instabilidade” e nas “guerras de listas”, referindo-se ao episódio no fim do ano passado em que rebeldes da bancada destituíram Picciani da liderança mediante a apresentação de uma correlação de nomes de pouco mais da metade da bancada. Picciani formulou uma nova lista e retomou o posto oito dias depois.

Questionado sobre sua posição em relação ao impeachment, Motta afirmou que é pessoalmente contra, mas que, uma vez líder, representará a vontade da maioria dos deputados.

Ainda que quase a metade do partido na Câmara se posicione declaradamente contrária ao Planalto e favorável ao fim da aliança do partido com o PT, o PMDB é de extrema importância para o governo. Um dos maiores partidos da Casa, tem papel decisivo em votações prioritárias, assim como na decisão sobre a abertura do processo de impeachment da presidente.

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