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Demissão na ANS contrange Senado, diz Randolfe

O diretor da ANS, Elano Figueiredo, pediu exoneração do cargo após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República ter recomendado sua destituição


	Eandolfe Rodrigues: em discurso no plenário, senador lembrou que apresentou um pedido para anular a indicação de Elano
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Eandolfe Rodrigues: em discurso no plenário, senador lembrou que apresentou um pedido para anular a indicação de Elano (.)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 17h47.

Brasília - O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta quinta-feira, 03, que a demissão do diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS) Elano Figueiredo causa "constrangimento" ao Senado.

Elano pediu exoneração do cargo após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República ter recomendado sua destituição.

O processo foi aberto com base em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou no dia 3 de agosto, um dia depois de ele tomar posse, que ele omitiu do currículo público ter trabalhado para a operadora de saúde Hapvida.

Em discurso no plenário, Randolfe lembrou que apresentou um pedido para anular a indicação de Elano. O pedido, entretanto, não prosperou na Casa.

O currículo foi encaminhado pela Presidência da República ao Senado e serviu de base para que os parlamentares promovessem sua sabatina. "Nós não o fizemos (a anulação) e, em decorrência disso, o que ocorre é que a Comissão de Ética de outro Poder, do Poder Executivo, passa a nos dizer o que é ético", disse.

Segundo o senador do PSOL, o Senado, responsável por fazer a sabatina de dirigentes de agências reguladoras, é quem não deveria "ter passado por esse constrangimento". "Poderia ter sido acatada a questão de ordem que formulamos, que a liderança do PSOL, que eu formulei à Mesa do Senado e o próprio Senado ter revisto isso", criticou.

O jornal também revelou que Elano assinou dezenas de ações em defesa da Hapvida, quando trabalhou para a empresa com carteira assinada, contra a ANS. Ele havia justificado que não incluiu o trabalho para a operadora porque apenas advogou para a empresa, mas o jornal mostrou que ele foi diretor, com carteira assinada.

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