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Delúbio assume que deu dinheiro a políticos, diz defesa

Arnaldo Malheiros Filho sustenta que o dinheiro do ex-tesoureiro era para campanhas e não para comprar apoio político

"Ele (Delúbio) assume que deu dinheiro a políticos, sempre assumiu", disse a defesa (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 14h52.

Brasília - O advogado Arnaldo Malheiros Filho pretende usar o loteamento político do governo Lula para defender seu cliente no processo do mensalão. Ele defende Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT , que era o responsável por repassar dinheiro a políticos. Malheiros sustenta que o dinheiro era para campanhas e não para comprar apoio político, o que caracterizaria a prática de corrupção.

"Ele (Delúbio) assume que deu dinheiro a políticos, sempre assumiu. Foi dinheiro para a campanha, não para comprar apoio no Congresso, coisa que não é feita com dinheiro, é feita com a partilha do poder, que estava sendo feita. O caso começou quando um diretor de uma estatal indicado pelo Roberto Jefferson foi flagrado recebendo dinheiro. Isso significa que o poder estava sendo partilhado, era assim que se conseguia apoio e não com a atividade que o Delúbio fez relativa ao pagamento de campanhas", disse Malheiros ao chegar ao Supremo Tribunal Federal para o primeiro dia de julgamento.

O advogado afirmou que Delúbio acompanhará todo o julgamento em São Paulo e está confiante. "Ele é um homem calmo e está absolutamente confiante, não está preocupado".

Malheiros não quis comentar a situação do ministro José Antonio Dias Toffoli, que sofre pressão para se declarar impedido no julgamento por já ter sido subordinado a José Dirceu e por sua namorada já ter defendido outros réus no processo. O advogado apenas concordou que a pressão sobre o ministro é grande. Ele também não quis prever se terá sucesso a questão de ordem que pede o desmembramento do processo ou se o cronograma previsto será cumprido.

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"Ele (Delúbio) assume que deu dinheiro a políticos, sempre assumiu. Foi dinheiro para a campanha, não para comprar apoio no Congresso, coisa que não é feita com dinheiro, é feita com a partilha do poder, que estava sendo feita. O caso começou quando um diretor de uma estatal indicado pelo Roberto Jefferson foi flagrado recebendo dinheiro. Isso significa que o poder estava sendo partilhado, era assim que se conseguia apoio e não com a atividade que o Delúbio fez relativa ao pagamento de campanhas", disse Malheiros ao chegar ao Supremo Tribunal Federal para o primeiro dia de julgamento.

O advogado afirmou que Delúbio acompanhará todo o julgamento em São Paulo e está confiante. "Ele é um homem calmo e está absolutamente confiante, não está preocupado".

Malheiros não quis comentar a situação do ministro José Antonio Dias Toffoli, que sofre pressão para se declarar impedido no julgamento por já ter sido subordinado a José Dirceu e por sua namorada já ter defendido outros réus no processo. O advogado apenas concordou que a pressão sobre o ministro é grande. Ele também não quis prever se terá sucesso a questão de ordem que pede o desmembramento do processo ou se o cronograma previsto será cumprido.

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