CCJ deve votar parecer para acelerar cassação de Delcídio
Parlamentares de diversos partidos teriam feito um pacto para acelerar o processo de cassação do senador
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2016 às 11h44.
Brasília - O senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) apresentou na manhã desta quarta-feira, 4, um pedido de licença de 100 dias para tratar de assuntos particulares.
O pedido foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa do Senado às 8h28 no dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai avaliar se o parecer aprovado nesta terça pelo Conselho de Ética pedindo a cassação de Delcídio respeitou os preceitos legais e constitucionais.
Reportagem da edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo revelou que uma articulação de bastidores empreendida pela cúpula do PMDB do Senado, com apoio de petistas e oposicionistas, pretende acelerar o processo de cassação do ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado.
A intenção é, após o caso passar pelo Conselho de Ética, adotar uma espécie de rito sumário na votação do pedido contra Delcídio.
O presidente da CCJ do Senado, o peemedebista José Maranhão (PB), convocou uma reunião extraordinária do colegiado para esta manhã a fim de avaliar se o parecer sobre Delcídio no Conselho de Ética seguiu as formalidades previstas.
No início da noite de terça, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), recém-saído do PMDB, foi designado relator. Em parecer apresentado à CCJ nesta manhã, o tucano afirmou que o processo de perda de mandato do ex-petista no Conselho respeitou os preceitos legais.
Ferraço disse que o pedido de licença de Delcídio tem por objetivo procrastinar um eventual julgamento em plenário. "Não observei, por parte do Conselho de Ética, qualquer tipo de violação", afirmou o tucano.
"Foi dado todo o direito de defesa. Ele que não quis", completou o senador, lembrando que, em várias ocasiões, o colegiado aguardou Delcídio para que apresentasse sua defesa pessoalmente, sem sucesso. Mesmo assim, disse, Delcídio apresentou defesa por escrito.
A ação de peemedebistas visa a aprovar o parecer de Ferraço - que ainda não foi sequer apresentado oficialmente - na CCJ e em seguida tentar apreciar em votação aberta no plenário a cassação do ex-líder do governo nesta tarde.
Para isso ocorrer, será preciso, além da votação do parecer, que a CCJ quebre prazos regimentais.
Se não for possível, a intenção é votar a cassação do ex-petista antes da próxima quarta-feira, 11, data em que o Senado deverá votar em plenário o afastamento de Dilma Rousseff.
O movimento suprapartidário para acelerar o processo contra o ex-petista ocorre após o caso envolvendo Delcídio ficar um mês paralisado no Conselho de Ética da Casa.
Ele ganhou impulso desde que o senador acusou importantes quadros de PMDB, PT e PSDB em delação premiada, o que lhe permitiu deixar a prisão preventiva.
Estão na lista o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o presidente em exercício do PMDB e cotado para assumir o Ministério do Planejamento em um eventual governo Michel Temer, Romero Jucá (RR); os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Edison Lobão (PMDB-MA); o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG); a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Brasília - O senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) apresentou na manhã desta quarta-feira, 4, um pedido de licença de 100 dias para tratar de assuntos particulares.
O pedido foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa do Senado às 8h28 no dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai avaliar se o parecer aprovado nesta terça pelo Conselho de Ética pedindo a cassação de Delcídio respeitou os preceitos legais e constitucionais.
Reportagem da edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo revelou que uma articulação de bastidores empreendida pela cúpula do PMDB do Senado, com apoio de petistas e oposicionistas, pretende acelerar o processo de cassação do ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado.
A intenção é, após o caso passar pelo Conselho de Ética, adotar uma espécie de rito sumário na votação do pedido contra Delcídio.
O presidente da CCJ do Senado, o peemedebista José Maranhão (PB), convocou uma reunião extraordinária do colegiado para esta manhã a fim de avaliar se o parecer sobre Delcídio no Conselho de Ética seguiu as formalidades previstas.
No início da noite de terça, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), recém-saído do PMDB, foi designado relator. Em parecer apresentado à CCJ nesta manhã, o tucano afirmou que o processo de perda de mandato do ex-petista no Conselho respeitou os preceitos legais.
Ferraço disse que o pedido de licença de Delcídio tem por objetivo procrastinar um eventual julgamento em plenário. "Não observei, por parte do Conselho de Ética, qualquer tipo de violação", afirmou o tucano.
"Foi dado todo o direito de defesa. Ele que não quis", completou o senador, lembrando que, em várias ocasiões, o colegiado aguardou Delcídio para que apresentasse sua defesa pessoalmente, sem sucesso. Mesmo assim, disse, Delcídio apresentou defesa por escrito.
A ação de peemedebistas visa a aprovar o parecer de Ferraço - que ainda não foi sequer apresentado oficialmente - na CCJ e em seguida tentar apreciar em votação aberta no plenário a cassação do ex-líder do governo nesta tarde.
Para isso ocorrer, será preciso, além da votação do parecer, que a CCJ quebre prazos regimentais.
Se não for possível, a intenção é votar a cassação do ex-petista antes da próxima quarta-feira, 11, data em que o Senado deverá votar em plenário o afastamento de Dilma Rousseff.
O movimento suprapartidário para acelerar o processo contra o ex-petista ocorre após o caso envolvendo Delcídio ficar um mês paralisado no Conselho de Ética da Casa.
Ele ganhou impulso desde que o senador acusou importantes quadros de PMDB, PT e PSDB em delação premiada, o que lhe permitiu deixar a prisão preventiva.
Estão na lista o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o presidente em exercício do PMDB e cotado para assumir o Ministério do Planejamento em um eventual governo Michel Temer, Romero Jucá (RR); os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Edison Lobão (PMDB-MA); o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG); a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.