Custo de reforma do Maracanã se aproxima de R$ 1 bi
Assinada em janeiro de 2010, a matriz de responsabilidades previa que a reforma custaria R$ 600 milhões
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h53.
Rio - Saiu a nova conta sobre o custo do Maracanã: R$ 956.787.720,00. Assinada em janeiro de 2010, a matriz de responsabilidades previa que a reforma custaria R$ 600 milhões. O valor saltou depois para R$ 705 milhões, antes de chegar à cifra atual, de quase R$ 1 bilhão, com a construção de uma nova cobertura. Apesar do salto de 59,5% no valor da obra, o Tribunal de Contas da União (TCU) evitou criticar os custos.
Em apresentação realizada nesta terça-feira a técnicos e ministros do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU), autoridades do governo fluminense esmiuçaram o projeto executivo do estádio, que segue para análise técnica.
"Vamos examinar o projeto com bastante olho crítico e do ponto de vista técnico. Numa primeira vista, acho que está dentro do que a lei permite", afirmou o ministro Valmir Campelo, relator dos projetos do Mundial de 2014 no TCU. Uma equipe do tribunal deverá avaliar o projeto do Maracanã dentro de um prazo de 45 dias. Segundo Campelo, o órgão tem sido o mais flexível possível para não criar empecilhos. "Queremos que o Brasil seja não só campeão dentro do campo, mas também da transparência, da moralidade e pelo zelo da coisa pública", afirmou.
O Maracanã é a obra mais cara dentre os 12 estádios que servirão de palco para os jogos da Copa - R$ 400 milhões virão de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 556,8 milhões do governo fluminense. O vice-governador e secretário de obras do Rio, Luiz Fernando Pezão, compareceu à apresentação e disse que a reforma não vai superar o teto anunciado.
"Não vai passar (de R$ 1 bilhão). Esperamos até pra baixar um pouco", afirmou Pezão, garantindo que o cronograma está sendo cumprido para a conclusão dos trabalhos em dezembro de 2012, como determinado pela Fifa.
Novo estádio - Um dos motivos do encarecimento do projeto final do Maracanã é a substituição da atual cobertura de concreto por uma estrutura de cabos e membrana tensionados, o que possibilitará iluminação uniforme. Estima-se que só a nova cobertura represente 27% dos gastos da obra (R$ 258,3 milhões).
Com durabilidade prevista de 50 anos, a nova cobertura vai captar água da chuva, que será direcionada para a irrigação do gramado e para os banheiros. Estima-se uma economia de 50% no consumo de água para irrigação com o sistema.
A ampliação do número de rampas (de quatro para seis) deve permitir que em oito minutos a arena seja plenamente esvaziada. Ao todo, o estádio terá 78.639 assentos retráteis, a uma distância de 50 centímetros entre cada um, dois centímetros a mais que antes - o que reduzirá a capacidade da arena (hoje, é de 86 mil lugares). A dimensão do campo diminuirá de 113 x 78 m para 105 x 68 m.
Cerca de 47% dos itens do orçamento são importados, como os sistemas de iluminação do campo. Uma das exigências da Fifa foi a opção por projetos de última geração que consomem menos energia.
Rio - Saiu a nova conta sobre o custo do Maracanã: R$ 956.787.720,00. Assinada em janeiro de 2010, a matriz de responsabilidades previa que a reforma custaria R$ 600 milhões. O valor saltou depois para R$ 705 milhões, antes de chegar à cifra atual, de quase R$ 1 bilhão, com a construção de uma nova cobertura. Apesar do salto de 59,5% no valor da obra, o Tribunal de Contas da União (TCU) evitou criticar os custos.
Em apresentação realizada nesta terça-feira a técnicos e ministros do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU), autoridades do governo fluminense esmiuçaram o projeto executivo do estádio, que segue para análise técnica.
"Vamos examinar o projeto com bastante olho crítico e do ponto de vista técnico. Numa primeira vista, acho que está dentro do que a lei permite", afirmou o ministro Valmir Campelo, relator dos projetos do Mundial de 2014 no TCU. Uma equipe do tribunal deverá avaliar o projeto do Maracanã dentro de um prazo de 45 dias. Segundo Campelo, o órgão tem sido o mais flexível possível para não criar empecilhos. "Queremos que o Brasil seja não só campeão dentro do campo, mas também da transparência, da moralidade e pelo zelo da coisa pública", afirmou.
O Maracanã é a obra mais cara dentre os 12 estádios que servirão de palco para os jogos da Copa - R$ 400 milhões virão de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 556,8 milhões do governo fluminense. O vice-governador e secretário de obras do Rio, Luiz Fernando Pezão, compareceu à apresentação e disse que a reforma não vai superar o teto anunciado.
"Não vai passar (de R$ 1 bilhão). Esperamos até pra baixar um pouco", afirmou Pezão, garantindo que o cronograma está sendo cumprido para a conclusão dos trabalhos em dezembro de 2012, como determinado pela Fifa.
Novo estádio - Um dos motivos do encarecimento do projeto final do Maracanã é a substituição da atual cobertura de concreto por uma estrutura de cabos e membrana tensionados, o que possibilitará iluminação uniforme. Estima-se que só a nova cobertura represente 27% dos gastos da obra (R$ 258,3 milhões).
Com durabilidade prevista de 50 anos, a nova cobertura vai captar água da chuva, que será direcionada para a irrigação do gramado e para os banheiros. Estima-se uma economia de 50% no consumo de água para irrigação com o sistema.
A ampliação do número de rampas (de quatro para seis) deve permitir que em oito minutos a arena seja plenamente esvaziada. Ao todo, o estádio terá 78.639 assentos retráteis, a uma distância de 50 centímetros entre cada um, dois centímetros a mais que antes - o que reduzirá a capacidade da arena (hoje, é de 86 mil lugares). A dimensão do campo diminuirá de 113 x 78 m para 105 x 68 m.
Cerca de 47% dos itens do orçamento são importados, como os sistemas de iluminação do campo. Uma das exigências da Fifa foi a opção por projetos de última geração que consomem menos energia.