Crivella pede para ônibus aguardarem 2018 para reajustar tarifa
As empresas de ônibus da cidade entraram na Justiça em abril passado, pleiteando o reajuste
Agência Brasil
Publicado em 10 de junho de 2017 às 13h34.
Última atualização em 10 de junho de 2017 às 13h35.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella , fez um pedido hoje (10) às empresas de ônibus para que esperem até 2018 a fim de reajustarem suas tarifas. O reajuste deste ano não foi autorizado nem pelo prefeito anterior, Eduardo Paes, nem pelo atual, que assumiu em 1º de janeiro. Por isso, as empresas de ônibus entraram na Justiça em abril passado, pleiteando o reajuste.
As empresas publicaram uma nota ontem (9) nos jornais do Rio de Janeiro dizendo que, se a prefeitura não autorizar o reajuste deste ano, elas entrarão em colapso. Os empresários classificaram a decisão da prefeitura de não autorizar o reajuste de "omissão". Segundo o sindicato das empresas, o RioÔnibus, isso pode levar à paralisação de todo o sistema, inclusive com a demissão de trabalhadores do setor.
Em resposta, a prefeitura publicou nota hoje (10) nos jornais em que rebateu a crítica de que estava sendo omissa. Além disso, segundo o órgão, o aumento da tarifa ocasionaria redução do número de passageiros já que, com a crise econômica, muitos não terão condições de pagar um valor mais alto.
A prefeitura lembrou também que as empresas ainda não atenderam à obrigatoriedade de colocar ar-condicionado em 100% da frota. As empresas, por sua vez, dizem que, ao não conceder o reajuste, a prefeitura inviabiliza a compra de novos ônibus com ar-condicionado.
Hoje, depois de doar sangue no Instituto de Hematologia do Rio (Hemorio), Crivella disse que a prefeitura fez vários investimentos para as empresas, como a criação dos BRTs (corredores exclusivos de ônibus), que teria, segundo a prefeitura, reduzido em 30% o custo operacional das empresas.
"Os ônibus hoje têm muito mais viabilidade econômica, gastam menos combustível, levam centenas de pessoas e andam sempre lotados. Portanto, faço um apelo às empresas para que, nesse momento em que temos uma crise econômica e 350 mil pessoas desempregadas, vamos segurar o aumento, vamos deixar para o ano que vem", disse Crivella.