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COP 22: oportunidade para o Brasil

Como era de se imaginar, Donald Trump virou o assunto da vez no Marrocos, onde é realizada a 22ª Conferência do Clima (COP 22), evento  promovido pela ONU e que discute a implementação do Acordo de Paris. Mas os participantes têm problemas mais urgentes com que se preocupar: as metas assinadas pelos 175 países não […]

AMAZÔNIA: comunidades indígenas são estimuladas a empreender pela conservação da floresta e participar de mercado de carbono / Ezra Shaw/ Getty Images (Ezra Shaw/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 19h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h33.

Como era de se imaginar, Donald Trump virou o assunto da vez no Marrocos, onde é realizada a 22ª Conferência do Clima (COP 22), evento  promovido pela ONU e que discute a implementação do Acordo de Paris. Mas os participantes têm problemas mais urgentes com que se preocupar: as metas assinadas pelos 175 países não serão suficientes para atingir o objetivo maior, que é de aumentar em no máximo 2 graus a temperatura do mundo até 2030. Para resolver esse dilema, a atuação do Brasil pode ser fundamental.

A redução do desmatamento da Amazônia tem se mostrado a mais promissora iniciativa de cortes nas emissões de gases poluentes. De acordo com o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia, até 2050, a redução deve chegar a 5 bilhões de toneladas de CO2, equivalente a 70% da meta estabelecida na primeira etapa de implementação do Protocolo de Quioto. “Isso pode servir como incentivo para que outros países, que precisam adotar metas mais agressivas e não conseguem fazer todo o esforço domesticamente, invistam na Amazônia”, afirma Pedro Soares, gerente do programa de mudanças climáticas do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

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O mecanismo para estimular essa perspectiva é o mercado de carbono. Nesta sexta-feira, o Idesam e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) conduzem um evento sobre as perspectivas dos programas de REDD+, que recompensam financeiramente os países em desenvolvimento pela redução de emissões provenientes da degradação de florestas.

A ideia é dar cada vez mais poder à população indígena. “É preciso valorizar o morador da floresta, que precisa de capacitação e investimento para transformar a riqueza de suas florestas em geração de renda”, afirma Virgílio Viana, superintendente geral da FAS. É um oportunidade única para acabar com o desmatamento ilegal – que já destruiu mais de 750.000 km² da Amazônia.

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