Com greves esvaziadas, atos contra Temer perdem força
Houve protestos em diversas capitais e cidades do interior, mas em volume menor do que na última paralisação
Luiza Calegari
Publicado em 30 de junho de 2017 às 21h23.
São Paulo – As manifestações contra as reformas do governo Temer , especialmente a trabalhista , foram menos expressivas do que os últimos atos, de abril deste ano.
Em São Paulo , categorias representativas desistiram de aderir à greve, como os metroviários, ferroviários e aeroviários, o que, somado ao início das férias escolares, acabou esvaziando o impacto da manifestação.
Os protestos se concentraram no vão do MASP, na avenida Paulista. Segundo estimativas dos organizadores, cerca de 40 mil pessoas compareceram.
Parte dos manifestantes encerrou o ato de forma pacífica na praça Roosevelt. Outros, no entanto, se dirigiram à prefeitura, e foram dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.
No Rio de Janeiro , onde a organização estimou presença de 15 mil pessoas, a polícia também lançou bombas para dispersar a manifestação, depois que o fim pacífico já tinha sido anunciado pelos carros de som, segundo a GloboNews.
A polícia estourou as bombas nas proximidades da Central do Brasil, uma região bastante movimentada da cidade nas noites de sexta-feira.
Em Brasília , os protestos foram bastante esvaziados: a Esplanada dos Ministérios foi fechada, mas os atos não tiveram uma grande adesão. Ambulantes, inclusive, reclamaram do dia “parado” para os negócios.
Apesar da baixa adesão, no entanto, os protestos foram amplos: as centrais sindicais registraram, ao longo do dia, manifestações em quase todos os estados brasileiros.
Manifestantes bloquearam as portarias de uma refinaria da Petrobras em Cubatão, no interior de São Paulo, com uma faixa "Petroleiros em Greve", impedindo a troca de turno entre trabalhadores do local.
Foram registrados protestos com bloqueios de vias em Aracaju (SE), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES), quando a polícia usou bombas de gás para dispersar manifestantes, entre várias outras cidades.
Em Belo Horizonte, o metrô não funcionou na parte da manhã, enquanto em Curitiba o sindicato dos professores aderiu à paralisação. (com informações das agências de notícias)
Veja algumas fotos das manifestações: