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COI diz que Jogos não devem ser palco para debate político

"Já havia acontecido este tipo de situação na Copa do Mundo há dois anos", lembrou o porta-voz do Comitê Organizador

Rio-2016: "já havia acontecido este tipo de situação na Copa do Mundo há dois anos", lembrou o porta-voz do Comitê Organizador (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 15h53.

Rio de Janeiro - O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, declarou que os Jogos Olímpicos são um acontecimento global e não deveriam ser palco para debates políticos, em entrevista concedida na reunião informativa diária realizada no Centro Principal de Mídia (MPC) nesta terça-feira.

Adams reiterou as declarações dadas anteriormente pelo porta-voz do Comitê Organizador do Rio 2016, Mario Andrada, que foi questionado sobre a decisão de um juiz federal que proibiu a retirada de cartazes de protesto contra o governo interino do presidente Michel Temer ou dos próprios manifestantes dos locais de competição nos Jogos.

"Há uma liminar de um juiz federal que considera que o Comitê Organizador não pode proibir as manifestações políticas. Apresentamos um recurso contra essa decisão e estamos esperando o resultado, mas respeitamos as decisões judiciais. Porém, achamos que os locais de competição não são o lugar adequado para protestos políticos, religiosos ou raciais. Mas, de qualquer forma, acatamos as decisões", havia dito Andrada.

"Já havia acontecido este tipo de situação na Copa do Mundo há dois anos", lembrou o porta-voz do Comitê Organizador.

Questionado sobre a segurança dos Jogos de 2016 após o assalto sofrido pelo Ministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues, e um de seus assessores próximo a sede do torneio olímpico de remo, na Lagoa, Andrada disse que este não é um problema grave para os Jogos.

"Estamos preocupados, obviamente, porque é nossa responsabilidade. Ficamos tristes e preocupados que isso aconteça. Conversamos com as autoridades e queremos que o Rio seja um lugar muito mais seguro durante o resto dos Jogos. Claro que informamos o COI de tudo isso", explicou Andrada.

"Surpreendido não é a palavra", respondeu o porta-voz da organização."A primeira e principal coisa é ajudar as vítimas. E a segunda é resolver os problemas. Não há tempo para surpresas", destacou.

Andrada também foi perguntado sobre a falsificação de entradas dos Jogos. "É um assunto que as autoridades estão investigando. É importante que isto não aconteça. Nós sempre seguimos as instruções das autoridades, mas isto ainda está sendo investigado", explicou.

O doping, por sua vez, foi assunto da entrevista de Adams, que disse não saber especificar o número exato de exames de controle efetuados durante os Jogos, mas lembrou que serão realizados "um total de 5.500, sendo 4.500 de urina e outros mil de sangue".

"Queria lembrar que a cada prova os cinco primeiros colocados passam pelo controle antidoping", disse o porta-voz do COI.

"As amostras serão guardadas durante 10 anos. Existem novas técnicas, estão acontecendo muitos avanços. Das amostras colhidas nos Jogos de Pequim e Londres saíram 98 novos casos, pelos quais os atletas foram suspensos posteriormente", ressaltou Adams. EFE

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Rio de Janeiro - O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, declarou que os Jogos Olímpicos são um acontecimento global e não deveriam ser palco para debates políticos, em entrevista concedida na reunião informativa diária realizada no Centro Principal de Mídia (MPC) nesta terça-feira.

Adams reiterou as declarações dadas anteriormente pelo porta-voz do Comitê Organizador do Rio 2016, Mario Andrada, que foi questionado sobre a decisão de um juiz federal que proibiu a retirada de cartazes de protesto contra o governo interino do presidente Michel Temer ou dos próprios manifestantes dos locais de competição nos Jogos.

"Há uma liminar de um juiz federal que considera que o Comitê Organizador não pode proibir as manifestações políticas. Apresentamos um recurso contra essa decisão e estamos esperando o resultado, mas respeitamos as decisões judiciais. Porém, achamos que os locais de competição não são o lugar adequado para protestos políticos, religiosos ou raciais. Mas, de qualquer forma, acatamos as decisões", havia dito Andrada.

"Já havia acontecido este tipo de situação na Copa do Mundo há dois anos", lembrou o porta-voz do Comitê Organizador.

Questionado sobre a segurança dos Jogos de 2016 após o assalto sofrido pelo Ministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues, e um de seus assessores próximo a sede do torneio olímpico de remo, na Lagoa, Andrada disse que este não é um problema grave para os Jogos.

"Estamos preocupados, obviamente, porque é nossa responsabilidade. Ficamos tristes e preocupados que isso aconteça. Conversamos com as autoridades e queremos que o Rio seja um lugar muito mais seguro durante o resto dos Jogos. Claro que informamos o COI de tudo isso", explicou Andrada.

"Surpreendido não é a palavra", respondeu o porta-voz da organização."A primeira e principal coisa é ajudar as vítimas. E a segunda é resolver os problemas. Não há tempo para surpresas", destacou.

Andrada também foi perguntado sobre a falsificação de entradas dos Jogos. "É um assunto que as autoridades estão investigando. É importante que isto não aconteça. Nós sempre seguimos as instruções das autoridades, mas isto ainda está sendo investigado", explicou.

O doping, por sua vez, foi assunto da entrevista de Adams, que disse não saber especificar o número exato de exames de controle efetuados durante os Jogos, mas lembrou que serão realizados "um total de 5.500, sendo 4.500 de urina e outros mil de sangue".

"Queria lembrar que a cada prova os cinco primeiros colocados passam pelo controle antidoping", disse o porta-voz do COI.

"As amostras serão guardadas durante 10 anos. Existem novas técnicas, estão acontecendo muitos avanços. Das amostras colhidas nos Jogos de Pequim e Londres saíram 98 novos casos, pelos quais os atletas foram suspensos posteriormente", ressaltou Adams. EFE

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