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Cerca de 6 mil fazem fila em busca de emprego na Rio 2016

Cerca de 6 mil pessoas estiveram hoje (5) na quadra da Escola de Samba Portela, no Rio de Janeiro, para se cadastrarem para uma vaga de emprego

Mascotes das Olimpíadas 2016: no local, 19 empresas abriram 11 mil vagas, sendo 8 mil temporárias para os Jogos Olímpicos (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 20h31.

Cerca de 6 mil pessoas estiveram hoje (5) na quadra da Escola de Samba Portela, no Rio de Janeiro , para se cadastrarem para uma vaga de emprego.

No local, 19 empresas abriram 11 mil vagas, sendo 8 mil temporárias para os Jogos Olímpicos, que começam em agosto.

A empresa Manpower, responsável oficial pela contratação de mão de obra para o Comitê Organizador da Rio 2016, está recrutando, principalmente, trabalhadores para os serviços de alimentação .

Duas vezes por mês, a escola promove o projeto Portela dá Trabalho, quando empresas ofertam vagas de trabalho. Hoje, pela primeira vez, foram colocadas vagas para a Olimpíada, o que, segundo os organizadores, aumentou a procura.

Algumas pessoas chegaram ontem (4) à noite e dormiram na porta da escola, portando documentos e currículo, para não perder a chance de se cadastrar. Logo cedo, a fila dava volta no quarteirão. Uma mulher desmaiou e foi amparada por outras pessoas que estavam na fila. Apesar do grande número de interessados e o tempo de espera de até 4 horas, candidatos foram recebidos com tranquilidade.

Ao entrar na sede da Portela, o candidato podia escolher em qual das 19 empresas participantes preferia se cadastrar e para qual vaga, de acordo com a experiência e nível de escolaridade. Os salários variam conforme a função e podem chegar a R$ 6 mil para nível superior.

Muitos que estavam na fila relataram que estão desempregados desde 2015 e acreditam que terão “sorte” se conseguirem ser contratados. “Fico vendo no jornal: 9 milhões de desempregados. Isso desanima qualquer um, né? Mas para Deus nada é impossível”, desabafou Paulo César Moreira de Lima, de 67 anos, porteiro até agosto passado.

Ele se referia a taxa de desemprego do país, que atingiu 9,5% nos três primeiros meses do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado pela demissão de profissionais temporários, contratados pelo comércio, para trabalhar no Natal de 2015.

No evento de hoje, a maioria dos postos era para comércio. A jovem Taiane Rodrigues, de 22 anos, torce para ter o primeiro emprego e se inscreveu para vagas de atendente ou operadora de caixa de supermercado. Com nível médio completo, ela chegou às 7h. “Agora, estou confiando na sorte, porque é muita gente”, disse.

Já a nutricionista Fernanda Coutinho, de 24 anos, que terminou a faculdade no último ano, espera conseguir uma das vagas para a Olimpíada, como uma oportunidade de entrar no mercado. Ela também está atrás do primeiro emprego. “Muita empresa não aceita estágio, mas como aqui é para um evento de grande porte, de repente, precisam de mais gente e pode ser mais fácil”.

Um dos coordenadores do projeto Portela dá Trabalho, Fernando Lobo, antecipou que o maior número de vagas é para camareira e auxiliar de serviços gerais. “Toda essa parte de hotéis e restaurantes temos vagas para pessoas com nível fundamental até recepcionista bilíngue”.

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Cerca de 6 mil pessoas estiveram hoje (5) na quadra da Escola de Samba Portela, no Rio de Janeiro , para se cadastrarem para uma vaga de emprego.

No local, 19 empresas abriram 11 mil vagas, sendo 8 mil temporárias para os Jogos Olímpicos, que começam em agosto.

A empresa Manpower, responsável oficial pela contratação de mão de obra para o Comitê Organizador da Rio 2016, está recrutando, principalmente, trabalhadores para os serviços de alimentação .

Duas vezes por mês, a escola promove o projeto Portela dá Trabalho, quando empresas ofertam vagas de trabalho. Hoje, pela primeira vez, foram colocadas vagas para a Olimpíada, o que, segundo os organizadores, aumentou a procura.

Algumas pessoas chegaram ontem (4) à noite e dormiram na porta da escola, portando documentos e currículo, para não perder a chance de se cadastrar. Logo cedo, a fila dava volta no quarteirão. Uma mulher desmaiou e foi amparada por outras pessoas que estavam na fila. Apesar do grande número de interessados e o tempo de espera de até 4 horas, candidatos foram recebidos com tranquilidade.

Ao entrar na sede da Portela, o candidato podia escolher em qual das 19 empresas participantes preferia se cadastrar e para qual vaga, de acordo com a experiência e nível de escolaridade. Os salários variam conforme a função e podem chegar a R$ 6 mil para nível superior.

Muitos que estavam na fila relataram que estão desempregados desde 2015 e acreditam que terão “sorte” se conseguirem ser contratados. “Fico vendo no jornal: 9 milhões de desempregados. Isso desanima qualquer um, né? Mas para Deus nada é impossível”, desabafou Paulo César Moreira de Lima, de 67 anos, porteiro até agosto passado.

Ele se referia a taxa de desemprego do país, que atingiu 9,5% nos três primeiros meses do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado pela demissão de profissionais temporários, contratados pelo comércio, para trabalhar no Natal de 2015.

No evento de hoje, a maioria dos postos era para comércio. A jovem Taiane Rodrigues, de 22 anos, torce para ter o primeiro emprego e se inscreveu para vagas de atendente ou operadora de caixa de supermercado. Com nível médio completo, ela chegou às 7h. “Agora, estou confiando na sorte, porque é muita gente”, disse.

Já a nutricionista Fernanda Coutinho, de 24 anos, que terminou a faculdade no último ano, espera conseguir uma das vagas para a Olimpíada, como uma oportunidade de entrar no mercado. Ela também está atrás do primeiro emprego. “Muita empresa não aceita estágio, mas como aqui é para um evento de grande porte, de repente, precisam de mais gente e pode ser mais fácil”.

Um dos coordenadores do projeto Portela dá Trabalho, Fernando Lobo, antecipou que o maior número de vagas é para camareira e auxiliar de serviços gerais. “Toda essa parte de hotéis e restaurantes temos vagas para pessoas com nível fundamental até recepcionista bilíngue”.

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