Caminhões de mudança chegam ao Alvorada a 16 dias do fim do mandato de Bolsonaro
Os caminhões foram flagrados por equipes de TV e retiraram objetos da residência oficial, que voltará a ser ocupada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 1º de janeiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 06h34.
Última atualização em 16 de dezembro de 2022 às 07h14.
Dois caminhões de mudança entraram nesta quinta-feira, dia 15, no Palácio da Alvorada, para prestar serviços à Presidência da República, a 16 dias do fim do mandato de Jair Bolsonaro. Os caminhões foram flagrados por equipes de TV e retiraram objetos da residência oficial, que voltará a ser ocupada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 1º de janeiro.
Questionada, a Presidência da República não se manifestou sobre o motivo e quais serviços teriam sido prestados. Os veículos entraram e saíram do Alvorada à tarde. Um dos caminhões era da empresa de transportes Muda Brasília Mudanças e Logística, que teria sido subcontratada pela 5 Estrelas Mudança e Transportes, ambas sediadas na capital federal. A 5 Estrelas já prestou serviços ao governo antes. As empresas não responderam aos contatos da reportagem.
O presidente Jair Bolsonaro jamais admitiu em público a derrota eleitoral para Lula e segue a maior parte do tempo dentro na residência, onde faz reuniões e despacha com ministros e assessores. Ele mora na residência oficial com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a filha do casal, Laura, e a enteada Letícia Firmo. Por lei, eles devem deixar o palácio, que passará a ser morada de Lula e a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
Aliados do petista dizem que ele pedirá uma varredura na residência e avaliação de segurança antes de se mudar, além da troca da equipe de servidores, até mesmo os terceirizados. A equipe de Lula tem reclamado da falta de moradia em Brasília. O petista despacha de um hotel e deve ficar mais algumas semanas por lá antes de entrar no Alvorada.
Em transições de governo anteriores, era comum que o presidente eleito ficasse hospedado na Granja do Torto até a posse, mas o imóvel da Presidência é usado atualmente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e não foi oferecido por Bolsonaro a Lula.
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