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Brasileiros precisarão de autorização para viajar para a União Europeia

Autorização terá custo de 7 dólares e pedido deverá ser feito pela internet

(Gonzalo Fuentes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2018 às 12h09.

Última atualização em 5 de julho de 2018 às 12h18.

São Paulo - A partir de 2021, turistas brasileiros precisarão de uma autorização prévia para vistar países da União Europeia. O novo sistema de entrada na Europa foi aprovado nesta quinta-feira (5) pelo Parlamento Europeu e valerá também para viajantes de outras 61 nacionalidades que hoje são isentos de visto para nações do bloco.

A autorização deverá ser pedida pela internet a um custo de 7 euros (hoje o equivalente a R$ 31,90) e valerá por até três anos. O pedido é gratuito para menores de 18 anos e para maiores de 70 anos.

O objetivo do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (Etias - European Travel Information and Authorisation System, em inglês) é a segurança interna e o reforço das fronteiras externas da UE. O sistema deve contribuir para identificar e reduzir crimes e atos terroristas, além de impedir a migração irregular, diminuir tempos de procedimento de entrada nos países e melhorar a gestão das fronteiras.

A triagem servirá para identificar pessoas que possam representar risco antes que cheguem às fronteiras europeias. De acordo com o Parlamento Europeu, atualmente não há informação suficiente sobre os cidadãos de outros países que não precisam de visto para entrar na Europa, ficando o controle sob a responsabilidade de guardas de fronteiras, que muitas vezes não têm conhecimento sobre riscos de segurança, migratórios ou sanitários.

Completamente eletrônico, o sistema é destinado a visitantes de países que não precisam de visto para a zona Schengen. Atualmente, cidadãos de 62 países não pertencentes ao espaço Schengen, inclusive do Brasil, podem entrar na UE sem visto por até 90 dias. Estima-se que 39 milhões de visitantes isentos de visto vão a países da Europa em 2020.

O sistema eletrônico vai recolher dados pessoais como o nome, o tipo de documento de viagem, os dados biométricos (uma combinação de quatro impressões digitais e a imagem facial) e data e local de entrada e de saída e possíveis recusas de entrada. Serão também feitas uma série de perguntas básicas relacionadas com os antecedentes criminais e a presença em zonas de conflito.

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