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Brasileiro é linchado e enforcado na Bolívia após cobrar dívida de casal

Moradores ouviram os gritos de uma mulher que pedia ajuda, alegando que ela e o marido estavam sendo vítimas de um assalto

Bolívia: um brasileiro foi lichado e enforcado por uma multidão em uma praça da cidade de San Julián (GettyImages/Reprodução)
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EFE

Publicado em 20 de novembro de 2018 às 19h25.

Última atualização em 21 de novembro de 2018 às 10h01.

La Paz - Um brasileiro foi lichado e enforcado por uma multidão em uma praça da cidade de San Julián, na Bolívia , depois de cobrar a dívida de um casal, informaram fontes policiais.

O crime ocorreu na noite de segunda-feira em San Julián, que fica a 150 quilômetros de Santa Cruz de La Sierra. Moradores ouviram os gritos de uma mulher que pedia ajuda, alegando que ela e o marido estavam sendo vítimas de um assalto.

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Segundo o comandante da Polícia Boliviana, Alfonso Siles, os bolivianos então prenderam o brasileiro e começaram a agredi-lo. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a vítima explicando para os bolivianos que estava cobrando uma dívida do casal.

Siles explicou que o caso será investigado para esclarecer se o brasileiro, que não foi identificado, estava de fato tentando resolver um problema de pagamento ou se era um assalto.

O comandante explicou que os agentes chegaram antes de o brasileiro ser enforcado, mas a multidão impediu que eles fossem até o praça. Depois da morte, os policiais negociaram com os moradores para retirar o corpo e levá-lo ao necrotério.

"O corpo foi levado até o necrotério de Santa Cruz de La Sierra, onde uma equipe multidisciplinar da Força Especial de Luta contra o Crime e o Ministério Público esperam os resultados da autópsia", explicou o comandante da Polícia da Bolívia.

San Julián estava sem agentes há três semanas. As instalações da Polícia foram queimadas em um protesto por um conflito com os moradores da cidade.

As pessoas que cometem esse tipo de linchamento alegam que atuam em nome da "justiça comunitária", reconhecida na Constituição aprovada em 2009 no país, mas o governo explica que o sistema não permite castigos brutais nem a pena de morte.

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