Torcedor da Sérvia no estádio durante jogo contra a Costa Rica (Fabrizio Bensch/Reuters)
Luiza Calegari
Publicado em 27 de junho de 2018 às 06h30.
Última atualização em 27 de junho de 2018 às 06h30.
São Paulo — Nesta quarta-feira (27), o Brasil enfrenta a Sérvia para tentar garantir uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo 2018.
Hoje, a seleção brasileira lidera o grupo E com quatro pontos. Se perder, pode ser desclassificada do mundial, mas, se vencer ou empatar, garante classificação para a próxima fase. Um dos desafios é driblar, em campo, uma das principais diferenças entre as duas equipes: os sérvios são cerca de 10 centímetros mais altos do que os brasileiros.
“Temos a condição de poder neutralizar, evitar situações próximas, de faltas laterais, encurtar ou bloquear, e tirar proveito de alguma situação. Uma altura maior vai perder alguma coisa, a vida é assim”, disse o técnico Tite durante coletiva de imprensa na terça-feira (26).
As diferenças entre as duas nações também são claras foras dos campos - mas em alguns indicadores o Brasil leva a melhor. Veja:
A Sérvia tem, proporcionalmente, mais ferrovias e até mais rodovias do que o Brasil. Calculando a proporção entre a extensão total do país e a extensão das vias construídas, os dados são os seguintes:
País | Proporção de rodovias | Proporção de ferrovias |
---|---|---|
Sérvia | 57,1% | 4,9% |
Brasil | 18,9% | 0,35% |
Em números absolutos, no entanto, a quantidade de vias no Brasil é muito maior do que a da Sérvia, já que a extensão total do país deles é de apenas 77.474 km², e a do Brasil é de 8.358.140 de km².
Quanto ao transporte aquático, a Sérvia praticamente só tem dois rios: o Danúbio (que atravessa dez países europeus) e o Sava. Os dois juntos constituem 587 km de hidrovias, enquanto o Brasil contabiliza 50 mil km de hidrovias, a maior parte longe das cidades e dos centros industriais.
Em termos de prevenção de gravidez, a vitória é canarinha: segundo relatório da ONU, cerca de 79% das mulheres brasileiras usam algum tipo de método contraceptivo para prevenir uma gestação - a média global é de 63,6%. Já na Sérvia, 57,5% delas têm esse hábito.
Quanto ao planejamento familiar, o Brasil também sai na frente. De acordo com o relatório, mais de 86% dos brasileiros planejam a chegada dos filhos, contra 31% na Sérvia.
Na comparação entre indicadores econômicos, o Brasil se sai um pouquinho melhor do que o país do sudeste europeu.
O PIB per capita das duas nações é parecido, segundo os dados do World Factbook da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Em 2017, foi de 15.200 dólares na Sérvia, e de 15.500 dólares no Brasil.
A taxa de desemprego deles é um pouco maior do que a nossa. A estimativa era de 16% na Sérvia em 2017, contra 13,1% no Brasil.
Proporcionalmente, a nossa dívida pública é maior (78% do PIB aqui, e 71% lá), mas eles têm maior proporção de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza: são 8,9% na Sérvia, contra 3,7% no Brasil.
No Brasil, a taxa de crianças que morrem antes de completar um ano é de 14,6 para cada grupo de mil bebês nascidos vivos. Proporcionalmente, a Sérvia ganha de lavada nesse indicador: por lá, a taxa de óbitos é de 5,9.
Na faixa etária até 5 anos, a mortalidade é de 16,4 no Brasil contra 6,7 para cada mil nascidos na Sérvia.
Por outro lado, considerando a esperança de vida ao nascer, ambos apresentam resultados similares. Por aqui, a esperança de vida é de 74,7 anos na idade - na Sérvia, o índice é de 75 anos.