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Brasil precisa reduzir entrada de capital estrangeiro, diz Meirelles

Ex-presidente do Banco Central acredita que o setor de crédito está voltando à normalidade no Brasil

Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles chama a atenção para os desequilíbrios entre as economias (Marcel Salim/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 13h48.

São Paulo - O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (29) que o País precisa reduzir a entrada de capital estrangeiro e chamou a atenção para os desequilíbrios econômicos entre as nações. A afirmação foi feita durante o Fórum Bloomberg Brasil que acontece em São Paulo.

Meirelles acredita que o mercado está se ajustando ao desaquecimento da economia doméstica que, até então, era impulsionada pelas medidas governamentais adotadas no auge da crise americana, que teve início em 2008.

“Um presidente de um banco central de um país emergente sempre me questionava porque o país possuía tantas reservas internacionais. Depois de um certo tempo, ele nunca mais me perguntou. Esse cenário mudou”, disse Meirelles.

Meirelles acredita que a economia brasileira está em destaque na cena internacional, mas não aposta em um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano tão robusto quanto o registrado (7,5%) em 2010.

Questionado sobre o mercado de crédito, Meirelles afirmou que o setor no Brasil está voltando à normalidade. “Do ponto de vista das instituições financeiras, a maior parte delas já está se ajustando. O nível da poupança internacional é consistente o suficiente para sustentar o crescimento atual. As agências reguladoras fizeram um bom trabalho”, disse.

Desequilíbrio global

Um dos pontos destacados por Meirelles durante o Fórum Bloomberg Brasil são os desequilíbrios globais existentes entre diversas economias. “Este é o desafio que teremos pela frente. Há economias que poupam demais, enquanto outras gastam demais. Esse desequilíbrio não é sustentável”, afirmou.

Na opinião do ex-presidente do Banco Central, o Brasil fez seu papel nesta questão. “Temos um mercado forte, com vantagens competitivas. O objetivo agora é descobrir como o desequilíbrio entre as nações será resolvido”.

As operações de crédito no sistema financeiro brasileiro cresceram 1,3% em fevereiro em relação a janeiro deste ano, atingindo R$ 1,738 trilhão, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). O crédito subiu de 46,3% para 46,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro para fevereiro.

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Meirelles acredita que o mercado está se ajustando ao desaquecimento da economia doméstica que, até então, era impulsionada pelas medidas governamentais adotadas no auge da crise americana, que teve início em 2008.

“Um presidente de um banco central de um país emergente sempre me questionava porque o país possuía tantas reservas internacionais. Depois de um certo tempo, ele nunca mais me perguntou. Esse cenário mudou”, disse Meirelles.

Meirelles acredita que a economia brasileira está em destaque na cena internacional, mas não aposta em um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano tão robusto quanto o registrado (7,5%) em 2010.

Questionado sobre o mercado de crédito, Meirelles afirmou que o setor no Brasil está voltando à normalidade. “Do ponto de vista das instituições financeiras, a maior parte delas já está se ajustando. O nível da poupança internacional é consistente o suficiente para sustentar o crescimento atual. As agências reguladoras fizeram um bom trabalho”, disse.

Desequilíbrio global

Um dos pontos destacados por Meirelles durante o Fórum Bloomberg Brasil são os desequilíbrios globais existentes entre diversas economias. “Este é o desafio que teremos pela frente. Há economias que poupam demais, enquanto outras gastam demais. Esse desequilíbrio não é sustentável”, afirmou.

Na opinião do ex-presidente do Banco Central, o Brasil fez seu papel nesta questão. “Temos um mercado forte, com vantagens competitivas. O objetivo agora é descobrir como o desequilíbrio entre as nações será resolvido”.

As operações de crédito no sistema financeiro brasileiro cresceram 1,3% em fevereiro em relação a janeiro deste ano, atingindo R$ 1,738 trilhão, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). O crédito subiu de 46,3% para 46,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro para fevereiro.

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