Brasil na Economist; Estácio X Kroton…
Brasil na Economist Junto com países como China, Estados Unidos e Reino Unido, o Brasil é destaque na capa da revista britânica Economist desta semana, que traz o título “O surpreendente crescimento da economia global”. A revista afirma que, quase dez anos após a mais severa crise financeira desde a grande depressão, uma recuperação em […]
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2017 às 06h37.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.
Brasil na Economist
Junto com países como China, Estados Unidos e Reino Unido, o Brasil é destaque na capa da revista britânica Economist desta semana, que traz o título “O surpreendente crescimento da economia global”. A revista afirma que, quase dez anos após a mais severa crise financeira desde a grande depressão, uma recuperação em ampla escala está finalmente a caminho na Europa, na América e na Ásia. O que pode jogar contra é o clima político, que traz, segundo a revista, uma dissonância com o momento econômico. A Economist afirma que, após oito trimestres de recuo, a economia brasileira deve jogar a favor do PIB mundial em 2017.
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Os empregos voltaram
Quebrando uma sequência de 22 meses, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho (Caged), mostraram a criação de 35.612 vagas de trabalho em fevereiro. É o primeiro dado positivo desde março de 2015, quando haviam sido criados 19.200 empregos. No mesmo mês do ano passado 104.000 foram eliminados. O desempenho de fevereiro foi puxado pelo setor de serviços, que encerrou o mês com a criação de 50.600 vagas.
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3,7 bi para os aeroportos
O governo leiloou os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza com um ágio que nem os mais otimistas imaginavam. Com o leilão, o governo arrecadará 1,46 bilhão de reais na assinatura dos contratos, um ágio de 93,75%. Considerando o valor total da outorga, que será paga ao longo de até 30 anos (3,7 bilhões), o ágio é de quase 25%. O consórcio da alemã Fraport levou os aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre, a francesa Vinci ficou com Salvador, e a suíça Zurich, com Florianópolis. “Sucesso o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. Reconquistamos credibilidade no cenário internacional”, escreveu o presidente Michel Temer por meio de sua conta no Twitter. O resultado deve de fato acelerar os planos para o restante das obras do Projeto Crescer, do Governo Federal. A lista ainda inclui 85 projetos, entre portos, aeroportos, rodovias, companhias de saneamento, ferrovias e linhas de transmissão e distribuição de energia.
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Fusão turbulenta
A fusão entre os grupos de educação Kroton e Estácio enfrenta novas turbulências, segundo o jornal Valor. O conselho da Estácio abriu uma investigação para apura uma denúncia de que Pedro Thompson, seu presidente, estaria articulando contra a fusão. Ele foi afastado do grupo de trabalho que negocia a associação com o Cade, o conselho de defesa da concorrência. Emails trocados entre Thompson e uma advogada indicam que uma possibilidade para bloquear a fusão seria apresentar uma denúncia de que a Kroton estaria interferindo na gestão antes do permitido. A fusão criaria um grupo com valor de mercado de 28 bilhões de reais.
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Ipo da Netshoes
A varejista online Netshoes protocolou pedido de abertura de capital na bolsa de Nova York (NYSE) e planeja arrecadar cerca de 100 milhões de dólares com a venda de ações no mercado americano. Fundada em 2000 para ser uma empresa de varejo físico, fracassou nas vendas e migrou para a internet. Hoje, o grupo engloba o site Netshoes, de artigos esportivos, e também a Zattini, de varejo de moda e beleza. A empresa afirma ter 18 milhões de clientes registrados, sendo 5,6 milhões compradores ativos. No ano passado, a Netshoes teve prejuízo de 151,9 milhões de reais, acima da perda de 99,5 milhões de reais em 2015. A Netshoes já recebeu 215 milhões de dólares, em duas rodadas de investimentos de fundos como Tiger Global Investors, Archy LLC, Clemenceau Investments e Riverwood Capital Partners. A opção pela bolsa americana vem diante de maior liquidez do mercado e maior interesse de investidores em adquirir ações de empresas de internet.
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Nazismo na Previdência
O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), comparou o que ele chama de “inverdades” ditas por grupos contrários à reforma a práticas nazistas. “As inverdades repetidas de maneira maciça, isso é uma prática do nazismo. A mentira repetida, repetida e repetida se transforma em verdade. E é o que está acontecendo nas redes sociais”, disse Arthur Maia. O deputado também afirmou acreditar que o governo Temer está perdendo a “guerra da comunicação” em torno do tema, mas que isso não quer dizer que ele “não esteja com a razão”.
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Aécio arquivado
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, arquivou as citações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava-Jato, sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Fachin atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República. Em sua delação premiada, Sérgio Machado relatou ter havido um esquema de corrupção quando ele ainda era líder do PSDB no Senado, em 1998, para eleger o hoje presidente da sigla Aécio Neves à presidência da Câmara em 2000 e estruturar uma ampla base de apoio para o governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso. O próprio Aécio, de acordo com Machado, teria recebido na época 1 milhão de reais em dinheiro vivo.
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Impacto do ICMS
Na quarta-feira, o Supremo excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e do Cofins, numa decisão que poderá causar um impacto de até 20 bilhões ao ano aos cofres do governo — e um valor acumulado de 250 bilhões para restituir desde 2008. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou a decisão e disse que o impacto só seria esse se “todos os contribuintes tivesse entrado com uma ação em 2008” pedindo essa exclusão. A Fazenda comunicou que vai recorrer da decisão do Supremo, pedindo que o novo entendimento seja aplicado a partir de 2018. “A União ingressará com o recurso de embargos de declaração, a serem opostos quando da publicação do acórdão, a fim de que o seu pedido de modulação de efeitos seja apreciado pela Corte”, disse o órgão em nota.
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Carta-bomba no FMI
Uma carta-bomba enviada ao Fundo Monetário Internacional (FMI) explodiu na sede da entidade, em Paris. A funcionária que abriu a correspondência ficou ferida nas mãos e no rosto. Há suspeitas de que o pacote tenha sido enviado de Atenas, na Grécia, segundo uma fonte ligada à polícia grega. O principal suspeito é o grupo anarquista Conspiração das Células de Fogo, que reivindicou a autoria do envio de outro pacote explosivo na quarta-feira, dessa vez ao Ministério das Finanças da Alemanha, em Berlim. O presidente francês, François Hollande, disse que a França está “diante de mais um atentado”.
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Aval da rainha
A Rainha Elizabeth II ratificou a lei que autoriza a premiê britânica, Theresa May, a iniciar o processo do Brexit — saída do Reino Unido da União Europeia. O texto já havia sido aprovado nesta segunda-feira no Parlamento. Agora o próximo passo é o envio de uma carta ao Conselho Europeu comunicando o início do processo, que deve durar pelo menos dois anos. May disse que enviará a carta “antes do fim do mês”. Também nesta quinta-feira a premiê disse que “agora não é o momento” de realizar um plebiscito na Escócia sobre a permanência do país no Reino Unido, ao contrário do que deseja a líder escocesa, Nicola Sturgeon.