Brasil convoca embaixador na Indonésia após execução
País negou pedidos de clemência e executou brasileiro por tráfico de drogas. Episódio afeta relações bilaterais, disse o Palácio do Planalto
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 15h13.
Jacarta - O Brasil e a Holanda convocaram seus embaixadores na Indonésia após a nação do sudeste asiático ignorar seus apelos de clemência e ter executado seis presos por delitos ligados a drogas, as primeiras execuções sob o comando do presidente Joko Widodo.
Os cinco estrangeiros e um indonésio foram mortos por um pelotão de fuzilamento pouco depois da meia-noite, disse o gabinete do Procurador Geral. Os estrangeiros eram da Nigéria , Malauí, Vietnã , Holanda e Brasil.
O Brasil retirou seu embaixador em Jacarta para consultas e disse que as execuções afetariam as relações bilaterais. "O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países", disse o Palácio do Planalto em nota.
O brasileiro Marco Archer, de 53 anos, foi condenado por ter tentado entrar na Indonésia em 2003 com 13 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta.
A Holanda, antiga potência colonial na Indonésia, também retirou seu embaixador e condenou a execução de seu cidadão Ang Kiem Soei. "É um castigo cruel e desumano que equivale a uma negação inaceitável da dignidade humana e integridade", disse o ministro das Relações Exteriores holandês, Bert Koenders.
Antes da execução, o advogado de Soei publicou no Twitter que Soei estava agradecido pelos esforços do governo holandês e que ele estaria diante do pelotão de fuzilamento sem uma venda nos olhos.
O presidente da Indonésia, que assinou as execuções no mês passado, tem tomado uma posição dura sobre a aplicação da lei e prometeu não ter nenhuma clemência com infratores da legislação antidrogas.
A Indonésia retomou as execuções em 2013 depois de um hiato de cinco anos. "Este é um país que, apenas alguns anos atrás, tinha tomado medidas positivas para afastar-se da pena de morte, mas as autoridades estão agora dirigindo o país na direção oposta", disse Rupert Abbott, diretor de pesquisa do sudeste asiático para a Anistia Internacional.
Jacarta - O Brasil e a Holanda convocaram seus embaixadores na Indonésia após a nação do sudeste asiático ignorar seus apelos de clemência e ter executado seis presos por delitos ligados a drogas, as primeiras execuções sob o comando do presidente Joko Widodo.
Os cinco estrangeiros e um indonésio foram mortos por um pelotão de fuzilamento pouco depois da meia-noite, disse o gabinete do Procurador Geral. Os estrangeiros eram da Nigéria , Malauí, Vietnã , Holanda e Brasil.
O Brasil retirou seu embaixador em Jacarta para consultas e disse que as execuções afetariam as relações bilaterais. "O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países", disse o Palácio do Planalto em nota.
O brasileiro Marco Archer, de 53 anos, foi condenado por ter tentado entrar na Indonésia em 2003 com 13 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta.
A Holanda, antiga potência colonial na Indonésia, também retirou seu embaixador e condenou a execução de seu cidadão Ang Kiem Soei. "É um castigo cruel e desumano que equivale a uma negação inaceitável da dignidade humana e integridade", disse o ministro das Relações Exteriores holandês, Bert Koenders.
Antes da execução, o advogado de Soei publicou no Twitter que Soei estava agradecido pelos esforços do governo holandês e que ele estaria diante do pelotão de fuzilamento sem uma venda nos olhos.
O presidente da Indonésia, que assinou as execuções no mês passado, tem tomado uma posição dura sobre a aplicação da lei e prometeu não ter nenhuma clemência com infratores da legislação antidrogas.
A Indonésia retomou as execuções em 2013 depois de um hiato de cinco anos. "Este é um país que, apenas alguns anos atrás, tinha tomado medidas positivas para afastar-se da pena de morte, mas as autoridades estão agora dirigindo o país na direção oposta", disse Rupert Abbott, diretor de pesquisa do sudeste asiático para a Anistia Internacional.