Brasil acusa países ricos impor regras em controles de capital
Segundo Guido Mantega, países ricos que contribuíram para a crise financeira mundial não deveriam opinar sobre a conduta do resto do mundo
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2011 às 17h54.
Washington - Os países ricos não têm legitimidade para exigir códigos de conduta nos controles de fluxos de capital, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teve seu discurso divulgado no site do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira.
"Ironicamente, alguns dos países responsáveis pela maior crise desde a Grande Depressão, e que ainda devem resolver seus próprios problemas, estão ansiosos para receitar códigos de conduta para o resto do mundo", disse Mantega, segundo o discurso que pronunciará no sábado diante do Comitê Financeiro e Monetário do FMI.
Esses discursos normalmente são divulgados no mesmo dia em que são pronunciados pelos países-membros, que representam um grupo regional.
Mantega, em nome de um grupo de países latino-americanos e do Caribe, saudou o reconhecimento por parte do FMI de que os controles de fluxos de capital podem ser "úteis e necessários".
"Consideramos algumas propostas recentes sobre um possível padrão de conduta" a respeito desse tema "desnecessárias e inapropriadas", disse.
De janeiro a novembro de 2010, o Brasil atraiu cerca de 141 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros, incluindo investimentos diretos, investimentos no mercado de ações e outros fluxos, segundo dados divulgados recentemente em um relatório do Fundo.
O Fundo também não tem um mandato específico para apresentar a sua posição sobre o controle de fluxos de capital, lembrou o ministro.
O Fundo não tem esse poder, mas tem como obrigação velar pela estabilidade financeira mundial, afirmou nesta sexta-feira em uma entrevista coletiva à imprensa o diretor da instituição para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre.
Esse fluxo de capital constante está desequilibrando a conta-corrente brasileira e provoca a valorização do real.
Os países com regimes cambiais flutuantes "estão sofrendo o impacto adverso da supervalorização monetária em sua competitividade externa", criticou Mantega.
Esses países, como o Brasil e a Colômbia, disse Mantega "não podem suportar por mais tempo a supervalorização de suas taxas de câmbio".
Mantega lembrou em seu discurso que a reforma das cotas e da governabilidade do FMI está longe de ter concluída.
"Quatro meses depois da adoção dessa reforma, apenas dez países aceitaram a emenda proposta sobre a reforma do Conselho de Administração", explica no texto.
Washington - Os países ricos não têm legitimidade para exigir códigos de conduta nos controles de fluxos de capital, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teve seu discurso divulgado no site do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira.
"Ironicamente, alguns dos países responsáveis pela maior crise desde a Grande Depressão, e que ainda devem resolver seus próprios problemas, estão ansiosos para receitar códigos de conduta para o resto do mundo", disse Mantega, segundo o discurso que pronunciará no sábado diante do Comitê Financeiro e Monetário do FMI.
Esses discursos normalmente são divulgados no mesmo dia em que são pronunciados pelos países-membros, que representam um grupo regional.
Mantega, em nome de um grupo de países latino-americanos e do Caribe, saudou o reconhecimento por parte do FMI de que os controles de fluxos de capital podem ser "úteis e necessários".
"Consideramos algumas propostas recentes sobre um possível padrão de conduta" a respeito desse tema "desnecessárias e inapropriadas", disse.
De janeiro a novembro de 2010, o Brasil atraiu cerca de 141 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros, incluindo investimentos diretos, investimentos no mercado de ações e outros fluxos, segundo dados divulgados recentemente em um relatório do Fundo.
O Fundo também não tem um mandato específico para apresentar a sua posição sobre o controle de fluxos de capital, lembrou o ministro.
O Fundo não tem esse poder, mas tem como obrigação velar pela estabilidade financeira mundial, afirmou nesta sexta-feira em uma entrevista coletiva à imprensa o diretor da instituição para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre.
Esse fluxo de capital constante está desequilibrando a conta-corrente brasileira e provoca a valorização do real.
Os países com regimes cambiais flutuantes "estão sofrendo o impacto adverso da supervalorização monetária em sua competitividade externa", criticou Mantega.
Esses países, como o Brasil e a Colômbia, disse Mantega "não podem suportar por mais tempo a supervalorização de suas taxas de câmbio".
Mantega lembrou em seu discurso que a reforma das cotas e da governabilidade do FMI está longe de ter concluída.
"Quatro meses depois da adoção dessa reforma, apenas dez países aceitaram a emenda proposta sobre a reforma do Conselho de Administração", explica no texto.