Exame Logo

Bolsonaro diz a crianças que país tem muita gente má: "mas bem vence mal"

Presidente tirou fotos com um grupo de uma escola de Brasília, que fazia um passeio cívico pela cidade

Bolsonaro: presidente ficou cerca de 15 minutos conversando com as crianças e se deixando fotografar (Valter Campanato/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2019 às 15h53.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse a crianças que o aguardavam na porta do Palácio da Alvorada, residência oficial do mandatário da República em Brasília, que "há gente ruim no Brasil", mas que o "bem sempre vence o mal". Bolsonaro tirou fotos com um grupo de uma escola da capital, que fazia um passeio cívico pela cidade.

O presidente ficou cerca de 15 minutos conversando com as crianças e se deixando fotografar, mas não quis responder perguntas da imprensa sobre o texto compartilhado por ele ontem no whatsapp que diz que o Brasil fora de conchavos é "ingovernável" e foi divulgado em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Veja também

Em tom professoral - e próximo às câmaras e profissionais da imprensa - Bolsonaro passou o recado às crianças: "Meu sonho de ser presidente é para ajudar o Brasil. Tem muita gente ruim no Brasil, sabia? Mas o bem sempre vence o mal", afirmou. "Uma coisa muito importante é a verdade."

Nesta manhã, Bolsonaro recebeu o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que chegou por volta de 9h40 ao palácio, onde permaneceu por menos de duas horas. Heleno chegou dirigindo o próprio carro, acompanhou a sessão de fotos do presidente e, ao ser perguntado sobre o texto compartilhado no whatsapp, disse "nada a comentar".

A primeira-dama, Michele Bolsonaro, também acompanhou o marido no rápido encontro com as crianças. Vestindo camisa da seleção brasileira com o número 17 e o nome Bolsonaro grafados, short e chinelo, o presidente abraçou várias crianças enquanto perguntava: "Eu sou um cara legal? Você gosta de mim?"

Ele questionou ainda o que elas gostariam que ele fizesse para o Brasil e disse para que obedecessem "primeiro papai e mamãe" e depois as professoras "que ensinam coisas importantes, como português e tabuada".

A maior parte do grupo era formada por crianças de 4 a 12 anos da Escola Classe do SRIA, uma escola pública de Brasília, que fazia um passeio cívico visitando pontos turísticos pela cidade. Na conversa, Bolsonaro disse que iria até a escola para hastear a bandeira e cantar o hino nacional. "Ele está querendo ir, disse que a assessora vai marcar", relatou a vice-diretora da escola, Cárita Alessandra Sá, responsável pelas 108 crianças que foram ao local em dois ônibus.

Acompanhe tudo sobre:CriançasJair Bolsonaro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame