Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, deixa o cargo após aumentos do preço dos combustíveis (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Carla Aranha
Publicado em 11 de maio de 2022 às 08h48.
Última atualização em 11 de maio de 2022 às 09h06.
O ministro Bento Albuquerque, que deixa o cargo em meio ao imbróglio sobre o aumento do preço dos combustíveis, integrou o primeiro time de titulares escalado pelo presidente Jair Bolsonaro em 1º de janeiro de 2019. A seu lado, tomaram posse o ministro Paulo Guedes, um dos poucos que até hoje permanece no cargo -- a seu lado, apenas Fábio Faria, das Comunicações, pasta ressuscitada em 2020 pelo atual governo, não deixou a função pela qual foi nomeado.
A dança das cadeiras na Esplanada do Ministérios teve seu auge no primeiro semestres de 2021, quando foram realizadas 13 trocas no primeiro escalão. Em março, o general Eduardo Pazuello se demitiu após fortes pressões na condução da crise da covid-19 e deu lugar ao cardiologista Marcelo Queiroga. No mesmo mês, Bolsonaro promoveu seis outras mudanças.
No Ministério da Defesa, Fernando Azevedo e Silva entregou o cargo para o general Walter Braga Netto, que era ministro da Casa Civil -- a pasta passou a ser liderada pelo general Luiz Eduardo Ramos. Na mesma ocasião, o chanceler Ernesto Araújo se demetiu, sendo substituído por Carlos Alberto França.
Em junho do ano passado, houve mais uma saída ministerial. Ricardo Salles, alvo de investigação da Polícia Federal, passou o bastão do Meio Ambiente para Joaquim Leite, um de seus secretários mais próximos. Em julho, foi a vez do senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitar o comando da Casa Civil, que até então era chefiada por Luiz Eduardo Ramos.
Mais recentemente, no final de março deste ano, nove ministros se exoneraram para concorrer às eleições, entre eles Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo, e Onyx Lorenzoni, que deve deve disputar o cargo de governador do Rio Grande do Sul.
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