As suspeitas que rondam as doações eleitorais deste ano
Ao todo, 1,41 bilhão de reais de doações para candidatos estão na mira do Ministério Público Eleitoral
Talita Abrantes
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 17h01.
São Paulo – Para entrar na lista de beneficiários do programa Bolsa Família , é preciso ter uma renda mensal per capita de, no máximo, 170 reais. Apesar desse limite, uma pessoa que recebe o apoio do governo está por trás de uma doação de 75 milhões de reais a um candidato nas eleições deste ano.
Esse é apenas um dos 260 mil casos de doações eleitorais suspeitas no pleito municipal. Ao todo, 1,41 bilhão de reais estão na mira do Ministério Público Eleitoral. Isso significa 56% do total arrecadado pelos partidos e campanhas neste ano.
Entre os indícios de irregularidades está, por exemplo, a presença de pessoas falecidas na lista de doadores das eleições. No total, 290 doadores estavam mortos durante a arrecadação.
Em texto divulgado em seu site, o Tribunal Superior Eleitoral lista alguns casos suspeitos. Em um deles, uma agência de publicidade que possui apenas dois funcionários fechou contrato com uma campanha no valor de R$ 219 mil, enquanto um beneficiário do Bolsa Família prestou serviços mediante o pagamento de 3,57 milhões de reais para outro candidato.
Os dados foram coletados pelo Tribunal de Contas da União em uma parceria inédita com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório já foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que irá investigar o caso.
Raio-x das doações
Na primeira eleição sem doações empresariais para candidatos, o valor arrecado pelas campanhas caiu praticamente pela metade quando comparado com o total doado em 2012.
Segundo dados preliminares do TSE divulgados no último dia 11, os partidos e candidatos arrecadaram cerca de 2,5 bilhões de reais. Ao fim da corrida eleitoral de quatro atrás, mais de 5,5 bilhões entraram para os caixas das campanhas.
Vale lembrar que uma das principais revelações da Operação Lava Jato é de que propinas eram pagas para candidatos por meio de doações legais feitas por empresas.
São Paulo – Para entrar na lista de beneficiários do programa Bolsa Família , é preciso ter uma renda mensal per capita de, no máximo, 170 reais. Apesar desse limite, uma pessoa que recebe o apoio do governo está por trás de uma doação de 75 milhões de reais a um candidato nas eleições deste ano.
Esse é apenas um dos 260 mil casos de doações eleitorais suspeitas no pleito municipal. Ao todo, 1,41 bilhão de reais estão na mira do Ministério Público Eleitoral. Isso significa 56% do total arrecadado pelos partidos e campanhas neste ano.
Entre os indícios de irregularidades está, por exemplo, a presença de pessoas falecidas na lista de doadores das eleições. No total, 290 doadores estavam mortos durante a arrecadação.
Em texto divulgado em seu site, o Tribunal Superior Eleitoral lista alguns casos suspeitos. Em um deles, uma agência de publicidade que possui apenas dois funcionários fechou contrato com uma campanha no valor de R$ 219 mil, enquanto um beneficiário do Bolsa Família prestou serviços mediante o pagamento de 3,57 milhões de reais para outro candidato.
Os dados foram coletados pelo Tribunal de Contas da União em uma parceria inédita com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório já foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que irá investigar o caso.
Raio-x das doações
Na primeira eleição sem doações empresariais para candidatos, o valor arrecado pelas campanhas caiu praticamente pela metade quando comparado com o total doado em 2012.
Segundo dados preliminares do TSE divulgados no último dia 11, os partidos e candidatos arrecadaram cerca de 2,5 bilhões de reais. Ao fim da corrida eleitoral de quatro atrás, mais de 5,5 bilhões entraram para os caixas das campanhas.
Vale lembrar que uma das principais revelações da Operação Lava Jato é de que propinas eram pagas para candidatos por meio de doações legais feitas por empresas.