Anvisa aprova dose de reforço da Pfizer para pessoas de 18 anos ou mais
A indicação da agência é para que a dose de reforço seja utilizada em esquema homólogo, isto é, em quem também tomou as duas primeiras doses da Pfizer
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de novembro de 2021 às 19h23.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) aprovou nesta quarta-feira, 24, que a Pfizer inclua a dose de reforço na bula da sua vacina contra o coronavírus. De acordo com o órgão, "as evidências científicas demonstram segurança e eficácia" na aplicação, recomendada para seis meses após a segunda dose, em pessoas de 18 anos ou mais.
A indicação da Anvisa é para que a dose de reforço seja utilizada em esquema homólogo, isto é, em quem também tomou as duas primeiras doses da Pfizer. A agência justificou a decisão com base em "dados de estudos científicos que indicam a diminuição dos anticorpos neutralizantes", "evidências de diminuição de eficácia da vacina" e o surgimento de novas variantes, como a Delta.
A Pfizer ainda firmou um termo de compromisso com a agência para apresentar dados complementares solicitados pela Anvisa. Os principais pontos a serem esclarecidos são sobre eficácia, imunogenicidade e segurança da dose de reforço; plano de gerenciamento de risco; e efetividade e segurança de "vida real".
Os dados de segurança e eficácia da dose de reforço da Pfizer para o uso heterólogo, naqueles que foram imunizados com a vacina de outro fabricante, ainda não foram disponibilizados pela farmacêutica e nem avaliados pela Anvisa.
Ainda na semana passada, a agência cobrou do Ministério da Saúde um posicionamento oficial sobre a decisão de anunciar a imunização de reforço em toda a população adulta do Brasil. Segundo o anúncio do ministro Marcelo Queiroga, a aplicação da dose de reforço pode ser feita em todo o País desde que o esquema vacinal tenha sido completado há, no mínimo, cinco meses.