Aliados apoiam proposta de Dilma; oposição aponta factoide
Dilma propôs o debate sobre a realização de um plebiscito para realizar a reforma política em reunião nesta segunda-feira com governadores e prefeitos de capitais
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 22h27.
Brasília - A proposta da presidente Dilma Rousseff de convocar um plebiscito para realizar a reforma política agradou aos líderes dos principais partidos aliados, mas a oposição lembrou que Dilma já havia defendido uma mudança no sistema político do país ao tomar posse e não mobilizou sua ampla base aliada.
A presidente propôs o debate sobre a realização de um plebiscito durante a reunião nesta segunda-feira com governadores e prefeitos de capitais em que debateram o que fazer para responder à crescente onda de manifestações populares pelo país que já levaram milhões às ruas.
"Quero, nesse momento, propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita", propôs a presidente.
O líder do PMDB na Câmara, maior partido da coalizão do governo no Congresso, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que Dilma está indo "por um bom caminho" ao fazer propostas concretas e que a tendência do partido é apoiar suas propostas, que ainda terão que ser debatidas com os parlamentares.
"Sem dúvida é uma mudança de atitude (da presidente). Isso devia ser uma constante e não apenas em momentos de crise", afirmou à Reuters o peemedebista, que tem oferecido resistência às propostas do governo recentemente.
Segundo ele, uma reunião da comissão executiva do PMDB está convocada para terça-feira e esse tema pode ser debatido.
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), elogiou a disposição da presidente de se envolver no debate da reforma política. "Mas ela deveria convocar logo uma constituinte exclusiva, ela tem prerrogativas para isso", disse o socialista.
"Aliás, devia ser uma constituinte exclusiva para debater além da reforma política, a reforma tributária também", acrescentou.
Albuquerque criticou, porém, a falta de um pacto para a questão da segurança pública entre os pactos propostos pela presidente. Dilma propôs um acordo nacional com governadores e prefeitos por responsabilidade fiscal, saúde, mais recursos para educação e transporte público, além da reforma política.
"O PSB apoia os pactos, mas vai cobrar o pacto pela segurança", disse Albuquerque.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o partido apoiará as iniciativas lançadas pela presidente, mas acredita que o Congresso poderá ampliar essa pauta sugerida por Dilma, incluindo por exemplo a reforma tributária.
Segundo ele, a reforma política deve envolver o debate sobre o financiamento público, aumentar as possibilidades para consultas populares, incluir a fidelidade partidária como cláusula pétrea da Constituição e modificar o sistema eleitoral.
Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a presidente está fazendo uma "proposta oca".
"Quando ela assumiu, veio ao Congresso e fez um discurso dizendo que apoiaria a reforma política e depois não deu um pio sobre isso", argumentou o tucano, lembrando do discurso de posse de Dilma.
"Ela tem que dizer o que pensa sobre os problemas do país, ao invés de ficar falando factoides", criticou o senador.
Segundo ele, a presidente está fazendo isso para "jogar areia nos olhos dos brasileiros" e está "jogando suas responsabilidades sobre as costas dos outros, decretando a falência do seu governo", disse.
Brasília - A proposta da presidente Dilma Rousseff de convocar um plebiscito para realizar a reforma política agradou aos líderes dos principais partidos aliados, mas a oposição lembrou que Dilma já havia defendido uma mudança no sistema político do país ao tomar posse e não mobilizou sua ampla base aliada.
A presidente propôs o debate sobre a realização de um plebiscito durante a reunião nesta segunda-feira com governadores e prefeitos de capitais em que debateram o que fazer para responder à crescente onda de manifestações populares pelo país que já levaram milhões às ruas.
"Quero, nesse momento, propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita", propôs a presidente.
O líder do PMDB na Câmara, maior partido da coalizão do governo no Congresso, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que Dilma está indo "por um bom caminho" ao fazer propostas concretas e que a tendência do partido é apoiar suas propostas, que ainda terão que ser debatidas com os parlamentares.
"Sem dúvida é uma mudança de atitude (da presidente). Isso devia ser uma constante e não apenas em momentos de crise", afirmou à Reuters o peemedebista, que tem oferecido resistência às propostas do governo recentemente.
Segundo ele, uma reunião da comissão executiva do PMDB está convocada para terça-feira e esse tema pode ser debatido.
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), elogiou a disposição da presidente de se envolver no debate da reforma política. "Mas ela deveria convocar logo uma constituinte exclusiva, ela tem prerrogativas para isso", disse o socialista.
"Aliás, devia ser uma constituinte exclusiva para debater além da reforma política, a reforma tributária também", acrescentou.
Albuquerque criticou, porém, a falta de um pacto para a questão da segurança pública entre os pactos propostos pela presidente. Dilma propôs um acordo nacional com governadores e prefeitos por responsabilidade fiscal, saúde, mais recursos para educação e transporte público, além da reforma política.
"O PSB apoia os pactos, mas vai cobrar o pacto pela segurança", disse Albuquerque.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o partido apoiará as iniciativas lançadas pela presidente, mas acredita que o Congresso poderá ampliar essa pauta sugerida por Dilma, incluindo por exemplo a reforma tributária.
Segundo ele, a reforma política deve envolver o debate sobre o financiamento público, aumentar as possibilidades para consultas populares, incluir a fidelidade partidária como cláusula pétrea da Constituição e modificar o sistema eleitoral.
Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a presidente está fazendo uma "proposta oca".
"Quando ela assumiu, veio ao Congresso e fez um discurso dizendo que apoiaria a reforma política e depois não deu um pio sobre isso", argumentou o tucano, lembrando do discurso de posse de Dilma.
"Ela tem que dizer o que pensa sobre os problemas do país, ao invés de ficar falando factoides", criticou o senador.
Segundo ele, a presidente está fazendo isso para "jogar areia nos olhos dos brasileiros" e está "jogando suas responsabilidades sobre as costas dos outros, decretando a falência do seu governo", disse.