Torneira de água (Thinkstock)
Rita Azevedo
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 18h03.
São Paulo – O volume de água furtada no primeiro semestre deste ano nos municípios da Grande São Paulo e na região de Bragança Paulista poderia abastecer 200 mil pessoas por um mês.
No total, 2,46 bilhões de litros foram desviados – o que seria suficiente para abastecer uma cidade como Rio Claro, no interior de São Paulo, ou um bairro como Itaquera, na Zona Leste da capital paulista. O volume roubado é quase o dobro do registrado no primeiro semestre de 2014.
Nos primeiros seis meses de 2015, foram detectadas 11,2 mil fraudes. O número, segundo a Sabesp, é 36% maior do que o registrado no mesmo período no ano passado.
Perfil do ladrão de água
Nove em cada dez casos de fraude foram detectados em residências. O roubo de água em prédios comerciais, no entanto, gera um desvio muito maior por causa do tipo de consumo.
A forma mais comum de consumir água sem pagar é violar o hidrômetro. Em seguida, vem as ligações clandestinas.
Quem é pego roubando água pode responder por crime de furto e pegar até oito anos de detenção. O responsável pelo imóvel também é obrigado a pagar o valor retroativo da água furtada e do esgoto coletado.