Dilma e Aécio: analista acredita que a disputa no segundo turno será muito apertada (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2014 às 10h49.
São Paulo - O clima de forte troca de acusações do debate desta terça-feira, 14. entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) deixa o eleitor confuso e torna muito difícil analisar quem "venceu" o embate. Mesmo assim, o economista-chefe da Lopes Filho & Associados, Júlio Hegedus Netto, aponta que a estratégia do PT de desconstruir os rivais dá resultados e agora o tucano precisa encontrar armas novas.
"A campanha da Dilma começa a atacar, até com exageros, e não dá para o Aécio rebater tudo de pronto, então fica uma dúvida no ar. Eu acho que o Aécio deveria ser mais contundente nas críticas contra os escândalos de corrupção no governo do PT. Ele foi meio tímido no debate ontem", comenta Hegedus.
O economista aponta que no embate televisivo anterior, ainda no primeiro turno, Dilma focou seus ataques em Marina Silva, o que permitiu que Aécio tivesse um bom desempenho.
O analista acredita que a disputa no segundo turno será muito apertada e que as pesquisas Ibope e Datafolha que podem ser divulgadas hoje devem refletir isso, mostrando no máximo uma pequena vantagem para um lado ou outro.
"A Dilma tem um piso de 35% das intenções de voto e vai usar muito a máquina, então ainda tem boas chances de ganhar", comenta. Segundo ele, as acusações de nepotismo contra Aécio são fatos novos para o grande público e agora o tucano é que precisa encontrar novas maneiras de atacar a administração petista. "Ele precisa surgir com novidades".