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"A solução para o crime não pode ser abrir as portas da prisão", diz Moro

Moro rechaçou com veemência os críticos de seu projeto anticrime, que defendem um sistema carcerário menos rígido

Sérgio Moro: ministro da Justilça voltou a defender enfaticamente seu projeto anticrime (Valter Campanato/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2019 às 12h45.

São Paulo — O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) defendeu o endurecimento no combate ao crime violento. Em sua conta no Twitter ele escreveu que "a solução não pode ser a impunidade de quem viola a lei, mata, rouba propriedade privada ou desvia dinheiro público".

Moro voltou a defender enfaticamente seu projeto anticrime e a persistência no ataque às organizações criminosas. "Não se pode ser leniente com crimes violentos, crime organizado ou com corrupção. Esse é o espírito do projeto de lei anticrime."

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Moro rechaçou com veemência os críticos de seu projeto, que defendem um sistema carcerário menos rígido. Ele fez uma comparação sobre gastos do Tesouro com presos e criminosos em liberdade.

"Ouço muito que prender custa caro. Que o preso custa muito para o Estado. É verdade, mas quanto custa um criminoso perigoso solto?" Ele recomenda: "a solução para o crime não pode ser abrir as portas da prisão em um sistema já leniente. O raciocínio não fecha."

Moro destacou que lideranças de organizações criminosas armadas estão começando a cumprir pena em presídios federais de segurança máxima. O ministro ressaltou que "um dos objetos do projeto anticrime é retirar de circulação, com o devido processo, o criminoso perigoso".

"Criminosos habituais, reincidentes e condenados por crimes graves como corrupção ou roubo com arma de fogo começarão a cumprir pena em regime fechado."

O ministro classifica as sugestões como "medidas simples e eficazes contra o crime". "Enfrentar a criminalidade demanda políticas variadas, como sociais e urbanísticas. Restaurar, por exemplo, vizinhanças degradadas tem relevância. Mas tirar o criminoso perigoso de circulação é também importante."

O ex-juiz argumenta: "membros de grupos criminosos organizados só podem obter benefícios durante o cumprimento da pena, como progressão de regime, se saírem da organização."

O ministro prega que "condenado por crime hediondo com morte tem que cumprir pelo menos três quintos da pena em regime fechado antes de pleitear regime menos rigoroso e só se for constatado que está apto a voltar ao convívio social"."Acaba com as 'saidinhas' para condenados por crimes hediondos", diz.

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