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Fávaro reforça apoio à suspensão de vendas de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour no país

Ministro elogia atitude de frigoríficos brasileiros em reação à rede de supermercados francesa

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro: “O Brasil deve liderar agenda sustentável no mundo” (Arthur Passos/Exame)
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 09h23.

Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 09h38.

O ministro da Agricultura e Pecuária,Carlos Fávaro, declarou apoio à suspensão de vendas de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour. Durante entrevista concedida no domingo, 24, à Globo News, Fávaro afirmou que a decisão “mostra a soberania e o respeito à legislação brasileira”.

Na ocasião, o ministro elogiou a postura da indústria da carne nacional, destacando o comprometimento com as normas e a autonomia do setor. “Parabenizei a indústria da carne brasileira”, afirmou, reforçando a relevância dessa medida para a imagem do Brasil no exterior.

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Na sexta-feira, 22, fontes do setor pecuário confirmaram que frigoríficos brasileiros interromperam o fornecimento de carne ao Carrefour no Brasil. A decisão também abrange o Sam's Club e o Atacadão, que fazem parte do conglomerado francês no país.

A medida foi uma resposta ao comunicado de Alexandre Bompard, CEO global do Carrefour, que declarou, na quarta-feira, 20, que a empresa suspenderia a compra de carnes do Mercosul. A suspensão, de acordo com fontes, continuará até que Bompard se retrate publicamente. “É uma decisão comercial”, afirmou uma fonte ligada ao setor.

Principais commidities agrícolas que o Brasil exporta

Reação do setor pecuário

Na semana passada, uma nota conjunta foi assinada por organizações como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Se não serve para abastecer o Carrefour na França, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, declararam as entidades na nota.

O anúncio do Carrefour intensificou a pressão francesa contra o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul, que já enfrenta crescente resistência e parece cada vez mais distante de ser concretizado.

Além da oposição do governo do presidente Emmanuel Macron, produtores agrícolas franceses têm intensificado os protestos contra o acordo. Segundo Fávaro, o acordo deverá ser assinado no dia 6 de dezembro.

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