Caixa terá R$ 2 bilhões para microcrédito em 2025 e oferta começará para agricultores familiares
Anúncio foi feito pelo presidente do banco público, Carlos Vieira, durante o evento de lançamento do 'Acredita', programa governamental de microcrédito
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 18 de outubro de 2024 às 12h32.
Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 12h37.
O presidente da Caixa, Carlos Vieira, anunciou nesta sexta-feira, 18, que o banco público oferecerá um valor adicional de R$ 300 milhões em microcrédito ainda em 2024 após assinar um convênio com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Para 2025, Vieira afirmou que o orçamento da estatal para o microcrédito será de R$ 2 bilhões e que priorizará como público-alvo a agricultura familiar.
“Eu queria dizer que assinamos há menos de 15 dias um convênio com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional que permitirá a Caixa, ainda neste ano, colocar R$ 300 milhões em microcrédito. E temos um orçamento para o próximo ano de R$ 2 bilhões. E dialogando com o ministro Paulo Teixeira, nós vamos iniciar essa atividade exatamente com a agricultura familiar”, disse.
As declarações de Vieira ocorreram no evento de lançamento do programa 'Acredita', que dá crédito a famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Além de financiamento, o programa permite renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e negócios de pequeno porte com instituições financeiras.
Microcrédito
O programa de microcrédito tem como público-alvo inscritos no CadÚnico, trabalhadores informais, e pequenos produtores rurais que acessam o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O governo reservou R$ 500 milhões em recursos como garantia para os financiamentos. Esse valor veio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Desenrola, que é o programa para pessoas físicas endividadas lançado no ano passado.
Para quem está no CadÚnico, o empréstimo ocorrerá mediante a formalização do empreendedor como MEI. Para isso, não será necessário deixar o Bolsa Família imediatamente.